Declaração escrita de João Ferreira no Parlamento Europeu

Situação socioeconómica das mulheres na Europa

Em Dia Internacional da Mulher é habitual a profusão de abordagens de género, as referências às políticas de igualdade, as promessas de igualdade.
As próprias instituições da UE são pródigas nestas abordagens.
Mas quase sempre ficam por referir aspectos como os impactos profundamente negativos que as políticas vigentes (concebidas, defendidas e impostas pela UE) acarretam ao nível do agravamento das desigualdades e da discriminações e exploração das mulheres.
As políticas de exploração e de empobrecimento, emanadas da União Europeia e implementadas pelos governos, têm promovido e agravado as desigualdades. As mulheres são as mais afectadas pela pobreza, pelo desemprego, pela precariedade laboral, pela discriminação salarial, a que acresce a descriminação na maternidade. A este respeito vale a pena lembrar que a Comissão Juncker se prepara para deitar no caixote-do-lixo a proposta de Directiva da Maternidade. Emblemática medida.
Soma-se a crescente dificuldade de articular vida pessoal, familiar e profissional, nomeadamente pela desregulação de horários de trabalho. Situação que se agrava com o ataque às funções sociais do Estado, a destruição dos sistemas públicos de segurança social, a par da redução do valor de importantes prestações sociais.
Não é possível promover a igualdade sem a necessária ruptura com as políticas de retrocesso social geradoras de desigualdade, opressão e exploração.

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