Estamos aqui para mais um grande dia de uma grande jornada de luta dos trabalhadores portugueses. Uma luta justíssima, reivindicações justíssimas, a lutarem por aquilo que é uma questão fundamental hoje, que é o salário, os direitos, contra a precariedade, uma luta em função dos seus direitos, dos seus anseios. Mas é uma luta pelo país também. 

E nós estamos perante uma situação onde, eu diria assim, que a propaganda vale muito. Mas há duas coisas que a propaganda não faz. Por um lado, não paga as rendas, não paga as prestações das casas, não põe comida na mesa e, por muito força que essa propaganda tenha também não ilude a realidade. E a realidade está aí a impor-se todos os dias. 

Uma sociedade de profunda injustiça, com os trabalhadores a serem apertados nos seus salários, nas suas pensões

Veja-se agora as situações relacionadas com o aumento das taxas de juro, porque isso implica em milhares de pessoas no nosso país. E depois, na situação de uns poucos, uma pequena minoria a encher-se com lucros como nunca visto, o que é uma coisa completamente injusta, provoca uma situação de profunda desigualdade. E, portanto, é justíssima esta luta.

É justíssimo o dia de acções hoje por todo o país. Nas empresas, nos locais de trabalho, com esta expressão de rua, agora aqui e também no Porto, e é de uma grande importância, tínhamos de cá estar a valorizar toda esta luta das pessoas que aqui estão.