PCP saúda a greve dos professores

 

 

PCP saúda a greve dos professores e exige a suspensão do modelo de avaliação
Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Face à maior greve de professores e educadores portugueses, com uma adesão da ordem dos 94% e centenas de escolas encerradas, o Partido Comunista Português saúda todos os docentes e as suas organizações representativas e reafirma-lhes o total empenho para continuar a intervir, fora e dentro da Assembleia da República, pela exigência da suspensão do modelo de avaliação que o governo quer impor, pela defesa e dignificação da carreira docente e da Escola Pública.

O PCP considera que, perante as grandiosas manifestações realizadas em 8 de Março e 8 de  Novembro e a greve nacional de hoje, demonstrativas da forte unidade que marca hoje esta classe profissional, a que se junta o clima absolutamente insustentável que se vive nas escolas, com reflexos óbvios e incontornáveis na dimensão pedagógica do ensino, o Governo PS e particularmente o Primeiro-Ministro não têm outra saída política que não seja a suspensão do modelo de Avaliação de Desempenho, parando com a campanha contra os professores e a sua dignidade profissional.

O único caminho possível para trazer de volta a estabilidade ao funcionamento das escolas é o Governo sentar-se à mesa das negociações com os sindicatos e, de forma séria, iniciar um processo negocial que conduza a um outro modelo de avaliação justo, centrado no objectivo de melhorar a qualidade do ensino, no quadro de uma alteração imprescindível e profunda do Estatuto da Carreira Docente, nomeadamente pondo fim à divisão da carreira docente. 

O PCP reafirma que a  avaliação de desempenho é um mecanismo necessário para a própria capacidade de aferição da qualidade e do cumprimento dos objectivos por parte do sistema educativo, particularmente no que toca à detecção de insuficiências possibilitando assim a sua correcção. Ou seja, qualquer processo de avaliação, quer seja de escolas, quer seja do corpo docente e dos professores individualmente considerados, deve ser sempre orientado pela necessidade de melhorar todo o sistema e nunca, como acontece actualmente, pelas imposições economicistas do Governo e pela obsessão, também ela economicista, de limitar a progressão na carreira docente.

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