O PCP condena veementemente o bombardeamento perpetrado pelos EUA contra a República Árabe Síria, um acto de agressão em clara violação do Direito Internacional e da soberania e integridade territorial do Estado sírio.
Trata-se de mais um acto de agressão que se insere na guerra que, desde há seis anos, é movida pelos EUA e seus aliados na Europa e no Médio Oriente – incluindo através da criação e apoio a grupos terroristas – contra a Síria e o seu povo.
Recordando as campanhas de desinformação e manipulação que sustentaram as agressões ao Iraque e à Líbia, o PCP chama a atenção que este acto de agressão é desencadeado a pretexto de um alegado «ataque com armas químicas» em Khan Sheikoun, na Província de Idleb, que as autoridades sírias categoricamente negam e cujas reais circunstâncias e autoria carecem de cabal esclarecimento, tanto mais quando tem sido denunciado o armazenamento e a utilização de armas químicas pelos grupos terroristas na Síria.
Este ataque contra a Síria confirma que o objectivo dos EUA não é o combate ao terrorismo, mas o propósito de impor a sua hegemonia no Médio Oriente e no Mundo. Inserindo-se na tentativa de cortar caminhos de diálogo que levem à paz na Síria, este ataque encerra o perigo de uma escalada de imprevisíveis e graves consequências.
O PCP reafirma a solidariedade com a resistência da República Árabe Síria e do seu povo contra a agressão de que são vítimas e em defesa da soberania, independência e integridade territorial do seu Estado e da paz.
A corajosa resistência da Síria e do seu povo e a defesa dos seus direitos, exigem não a associação ou a conivência com as campanhas que visam branquear a agressão levada a cabo pelos EUA e seus aliados, mas a solidariedade de todos os que defendem os direitos do povo sírio e a paz.
A Portugal exige-se uma postura que condene a agressão à Síria, e que pugne pela resolução pacífica dos conflitos, pela defesa intransigente da soberania dos povos e pelos princípios consagrados na Carta da ONU e do Direito Internacional.