Declaração de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP, Concentração Nacional de Médicos

Na luta pelos seus direitos, os médicos defendem o SNS

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Estamos nesta jornada de luta dos médicos, gente fundamental, gente que assegura o funcionamento do Serviço Nacional de Saúde (sem médicos e enfermeiros, sem pessoal auxiliar, não há Serviço Nacional de Saúde), gente que merece ser respeitada, valorizada e que ter condições pra trabalhar. Essa que é a grande questão. Porque se forem respeitados, forem valorizados, se tiverem condições para trabalhar de certeza que os médicos optam pelo serviço Nacional de Saúde, vestem a camisola do Serviço Nacional de Saúde, espírito de missão e dedicação, aliás, tão importante que é aquilo que permite ainda o serviço funcionar. Portanto, esta é uma exigência justíssima. Estão a defender os seus direitos, mas também a defender o Serviço Nacional de Saúde, que é uma luta que é deles, dos profissionais mas também é uma luta dos utentes, que é um comportamento altamente simbólico nesses dias, numa altura em que o que assistimos é a um governo apostado no desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde. 

Aliás, basta ver estas medidas agora anunciadas recentemente que  na prática sugerem que os os utentes deixem de ir às urgências durante dois anos, porque o Governo diz precisar de dois anos para resolveu o problema do número de médicos. No fundo, o que está a dizer é que durante dois anos, aliviem as urgências e vão com o privado.

Curiosamente assinalam-se dois anos da discussão do Orçamento do Estado para 2022, em Novembro de 2021 e se nessa altura o PS não tivesse recusado as propostas que fizemos em várias áreas, mas em particular na saúde, nomeadamente nos incentivos e caminhos para investirmos no SNS e fixar profissionais, então esses dois anos que o Governo diz precisar tinham sido resolvidos durante este período.