O PCP considera que os resultados das eleições gregas, cuja incidência institucional é profundamente distorcida pelo anti-democrático sistema eleitoral, continua a representar no seu conjunto (tal como nas eleições de 6 de Maio) a condenação dos partidos responsáveis pelo programa de destruição social que está a ser imposto à Grécia pela União Europeia e pelo FMI, expressa na redução da percentagem obtida pela Nova Democracia e pelo PASOK em 2009 (77%) com o resultado agora obtido (cerca de 44%).
O PCP considera que tais resultados - em particular, os da Nova Democracia -, são inseparáveis da gigantesca operação de chantagem sobre o povo grego e testemunham até onde pode conduzir a ingerência e a pressão ilegítima do grande capital e das instituições ao seu serviço.
Os resultados do PCG não poderão ser considerados sem ter em conta as condições difíceis em que os comunistas travaram este acto eleitoral, marcado pela descarada ingerência nos assuntos internos da Grécia e por enormes pressões bipolarizadoras. O PCP reitera a sua solidariedade aos trabalhadores, ao povo e aos comunistas gregos na sua luta.
Na grave situação económica e social que evidencia a grave crise do capitalismo, do processo de integração capitalista europeia e as consequências da política de direita praticada em diversos países, o PCP considera que a solução para os problemas dos trabalhadores e dos povos passa pelo continuação e reforço da luta pela ruptura com a política de exploração e empobrecimento e as imposições antidemocráticas dirigidas pelo grande capital contra cada país.