Intervenção de

Seguimento da Declaração de Berlim - Intervenção de Pedro Guerreiro no PE

A Presidência alemã procura realizar, dir-se-á a "toque de caixa", a
sua agenda para a União Europeia, instrumento que molda à medida das
suas crescentes ambições.
Com a pompa e a circunstância possíveis, a "declaração de Berlim" é tão
só uma etapa desta estratégia que aponta como objectivo a inaceitável
recuperação dos conteúdos essenciais da já rejeitada "constituição
europeia", até 2009.
Mas verdade seja dita, apesar dos esforços das "elites" para
engrandecer o evento, o que mais sobreveio foi a sua artificialidade e
o total afastamento por parte dos diferentes povos no assinalar dos "50
anos" do Tratado de Roma.
Um sinal dos tempos, que evidencia o quanto a União Europeia está em
contradição com os interesses e aspirações dos diferentes povos da
Europa (e do Mundo).
Aliás, as forças dominantes da integração capitalista europeia tem
plena consciência desta crescente contradição, daí que o conteúdo da
"declaração de Berlim" seja tão só, em nossa opinião, uma operação de
instrumentalização de justos anseios dos diferentes povos dos países da
Europa, que nada tem a ver com os reais objectivos e políticas
concretas da União Europeia e a dura realidade que lhes é consequente.

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