Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Prolongamento do programa no domínio da protecção civil - Declaração de voto de Ilda Figueiredo no PE

Catástrofes naturais como as inundações, vagas de calor, incêndios
florestais, sismos, catástrofes ecológicas provocadas por resíduos
tóxicos, acidentes industriais tóxicos, acidentes industriais graves e
ainda ataques terroristas, têm um carácter de grande imprevisibilidade,
provocando, por esse mesmo motivo, inúmeras vítimas e danos económicos
consideráveis. Importa, conhecer e trocar experiências, racionalizar
meios, investigar e procurar soluções técnicas que minimizem os
impactos provocados, mas, sobretudo, deve apostar-se numa política de
investimento em prevenção e pedagogia, envolvendo instituições
políticas comunitárias, nacionais, regionais e locais e todas as
organizações da sociedade civil, numa parceria solidária, responsável e
diferenciada.

Diz o povo, na sua imensa sabedoria, "prevenir é
melhor do que remediar", o que se aplica perfeitamente ao caso dos
incêndios florestais que assolaram Portugal nos verões de 2003 e 2004 e
o caso do derrame de fuelóleo pelos petroleiros Prestige e Erika.

Consideramos positivo o prolongamento do programa de acção comunitária
no domínio da protecção civil e o seu reforço orçamental, mas
consideramos igualmente que esta é uma matéria em que não deve existir
uma limitação temporal devido ao seu carácter permanente.

A
intervenção na protecção civil passa também pela definição de uma
política transversal: assente em novos modelos de agricultura e de
planeamento do território que humanize o crescimento urbanístico e
industrial, na definição de regras claras de transporte marítimo, numa
política de investimento e criação de meios para quem actua no terreno.

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