Na primeira reacção, expressa na declaração do Secretário-geral, o PCP afirma que as demissões de Gaspar e Portas representam o esboroamento definitivo de um governo e de uma maioria ilegítimos e à margem da lei e de um primeiro-ministro obcecadamente agarrado ao poder.
Não há nenhuma outra saída digna e democrática que não seja a da imediata dissolução da Assembleia da República pelo Presidente da República e a convocação das eleições.
O país não permitirá que o Presidente da República continue, perante o inaceitável espectáculo de degradação política e institucional, a ser cúmplice de um governo e uma política que estão a conduzir Portugal e os portugueses para o abismo.
Tal como foi a luta dos trabalhadores que conduziu o governo à derrota, está nas mãos dos trabalhadores e do povo a possibilidade de assegurar que a demissão do governo e a realização de eleições, seja acompanhada da rejeição do Pacto de Agressão, da derrota da poĺítica de direita e da concretização de uma política alternativa patriótica e de esquerda.