Intervenção de Sandra Pereira, Deputada do PCP no Parlamento Europeu, XXI Congresso do PCP

A actividade dos deputados do PCP no Parlamento Europeu

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Saudações fraternas do nosso Colectivo no Parlamento Europeu.

A intervenção do PCP no Parlamento Europeu caracteriza-se por uma ligação profunda à realidade nacional e aos problemas do povo e do País, à luta dos trabalhadores e das populações pelos seus direitos e anseios, assim como pela defesa dos interesses de Portugal, da soberania e da independência nacional. Os últimos 4 anos não foram excepção: interviemos e travámos a luta institucional sempre que foi necessário, denunciando as imposições, constrangimentos e chantagens que a União Europeia e as suas políticas impõem a Portugal, comprometendo o seu desenvolvimento soberano, e a necessária resposta aos problemas do povo e do País.

Demos voz à luta dos trabalhadores pela manutenção dos postos de trabalho ou por melhores condições em empresas, de Norte a sul do país e das ilhas, como: MOVIFLOR, BES, PORTWAY, NOVO BANCO, PSA de Mangualde, KEMET, Base das Lajes, Efacec, TRIUMPH, ACCIONA, RICON, Ryanair, Kyaia, CHAFEA, ERSUC, COFACO, Azincon, Prisma-Paraíso, entre muitas, muitas outras. Estes e outros trabalhadores, assim como os agricultores, os pescadores, os micro, pequenos e médios empresários, as mulheres, a juventude, os mais velhos e as pessoas com deficiência puderam contar, contam e poderão contar sempre com a nossa intervenção em defesa dos seus direitos e pelas suas aspirações!

Demos voz à luta das populações e dos utentes por melhores serviços públicos (de saúde, educação, água, transportes), pela defesa do seu carácter público, e por novas ou melhores infra-estruturas, necessárias ao desenvolvimento do País.

Defendemos firmemente a produção nacional, a agricultura, a pesca, a indústria, a investigação; afirmámos a protecção da natureza e a gestão adequada dos seus recursos, contra os ataques para a sua mercantilização; valorizámos a promoção da cultura e língua portuguesas.

Defendemos a necessidade do aumento significativo do orçamento da União Europeia bem como o reforço da sua função redistributiva, com a eliminação de quaisquer condicionalidades económicas e políticas. No entanto, o próximo Quadro Financeiro Plurianual é insuficiente e trará prejuízos para Portugal, realidade que o designado Fundo de Recuperação não altera, tendo em conta que o que o País vai receber agora irá, de uma ou outra forma, pagar no futuro.

Se dúvidas houvesse, o surto de Covid-19 e os seus impactos vieram expor, não só a total ausência de solidariedade na União Europeia, como as consequências da subordinação às suas imposições, que o PCP sempre rejeitou e contestou. Os problemas que resultam do Euro são visíveis e o País volta a ser empurrado para as imposições e condicionalismos da União Europeia e para os mercados financeiros, que são um obstáculo ao inalienável direito a um desenvolvimento soberano.

Reafirmámos a luta pela Paz, pela amizade e a solidariedade com todos os povos do mundo e denunciámos as criminosas políticas de ingerência e intervencionismo externo, militaristas e migratórias da União Europeia.

Combatemos a ofensiva ideológica também em curso no Parlamento Europeu, promovendo o anticomunismo e o branqueamento do fascismo. Não permitiremos que estratégias de revisionismo histórico naturalizem e legitimem o fascismo e os seus hediondos crimes e criminalizem os comunistas, o seu papel na libertação dos povos da barbárie nazi-fascista, o ideal e projecto comunista.

A intervenção do PCP no Parlamento Europeu também se traduz numa contribuição para a construção de uma Europa, de Estados soberanos e iguais em direitos, de cooperação, de progresso e de paz. Contribuição que se manifesta em diversos planos, nomeadamente no Grupo Confederal da Esquerda Unitária/Esquerda Verde Nórdica do Parlamento Europeu, do qual o PCP é membro fundador, e cujo carácter confederal defendemos firmemente, pugnando pela sua afirmação como voz alternativa às políticas da direita e da social-democracia, afirmando o seu papel independente face a estruturas de natureza diversa.

A acção do PCP no âmbito do Parlamento Europeu continua a ser uma intervenção ímpar, que não teme comparações!

Camaradas,
O PCP é a força que não desiste e que luta por um Portugal com futuro; a força mais firme e consequente na luta por uma Europa, respeitadora do direito ao desenvolvimento soberano e promotora de relações mutuamente vantajosas.

Viva o XXI Congresso!
Viva a JCP!
Viva o PCP!

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