Áudio
[EXTRATOS]
Entramos num novo ano num quadro político profundamente alterado resultante das eleições legislativas de 4 de Outubro, face à derrota pesada do governo PSD/CDS que perderam mais de 700 mil votos e ficaram em minoria na Assembleia da República.
Foi a luta dos trabalhadores portugueses, foi a luta do povo português que isolou, que desgastou, que derrotou o governo PSD/CDS. Foi a luta contra a exploração e empobrecimento, foi a luta dos trabalhadores, dos reformados, dos pensionistas, dos pequenos e médios agricultores, comerciantes e industriais, foi a luta da juventude, das mulheres e de outros sectores da sociedade portuguesa atingidos nos seus interesses e direitos que derrubaram o governo PSD/CDS.
Temos pela frente, já no dia 24 deste mês, a batalha das eleições presidenciais, eleições para um cargo de alguém que tem de assumir perante o povo português o juramento de cumprir e fazer cumprir a Constituição da República com tudo o que ela comporta, de projecto, de democracia política, económica, social e cultural e de afirmação de soberania nacional.
Eleições, onde a direita política e os grandes interesses vão fazer tudo para ganhar o que perderam nas eleições para a AR. Pela importância desta batalha nós avançamos com a candidatura de Edgar Silva com o objectivo de recolocar na Presidência da República os valores de Abril, garantir que a Constituição da República será respeitada cumprida e feita cumprir, que assegure uma intervenção que afirme a soberania e a independência nacionais, e que dê uma contribuição para um novo rumo para o país assente na valorização dos trabalhadores, na melhoria das condições de vida do povo, no desenvolvimento económico e progresso social.
O PCP tem o seu candidato, o PSD e o CDS também têm, não querendo parecer que têm. A ligação partidária de cada um não é motivo nem razão para ser disfarçada e muito menos de critica ou diminuição de qualquer candidatura. Já o que não é aceitável é que se procure iludir e esconder a vinculação de Marcelo Rebelo de Sousa ao PSD. Já foi presidente do partido, foi conselheiro indicado por Cavaco Silva, foi deputado, foi autarca, sempre do PSD.
Marcelo Rebelo de Sousa é o candidato do PSD e CDS, é nele que PSD e CDS apostam para tirar a desforra da derrota que sofreram em Outubro, é nele que vêem um instrumento para recuperar a sua agenda de destruição de direitos, de exploração e empobrecimento. No fundo, um e outros, não querem que todos aqueles que com a sua luta e o seu voto derrotaram o governo de Passos e Portas considerem que a sua opção nas presidenciais é igual ao voto de Passos e Portas.
Como vai sendo hábito a Comunicação Social dominante lá está para fazer o seu trabalho, dando já por adquirido a vitória à primeira volta de Marcelo Rebelo de Sousa. O objectivo é a resignação.
O voto em Edgar Silva vai contar, contará sempre inclusive para a possibilidade de uma segunda volta. Num tempo que se abrem possibilidades, num ano novo com mais esperança e em que os trabalhadores e o povo possam viver melhor, a batalha das presidenciais também comporta essa esperança, esses anseios não deixando que o PSD e CDS nos façam andar para trás.
Devemos fazer na o que fizemos nas legislativas, em que cada voto, cada ponto percentual, cada deputado foi conquistado a pulso. Também nesta batalha das presidenciais ganhem mais um amigo, ganhem mais um camarada, ganhem mais um companheiro de trabalho, um familiar para votar em Edgar Silva:
- Porque comporta esperança e confiança, porque se afirma pelo valores de Abril, única candidatura que afirma claramente que é preciso repor os valores de Abril, esses valores de Abril que continuam consagrados na Constituição da República Portuguesa apesar das sucessivas revisões.
- Porque precisamos de que na Presidência da República esteja alguém que cumpra e faça cumprir a Constituição.
- Porque precisamos que na Presidência da República esteja alguém que acompanha esta opção, que se verificou nas eleições de Outubro para a Assembleia da República.
- Então a primeira medida é dar força à candidatura de Edgar Silva porque vai valer a pena pelos objectivos que propõem, porque cada voto a mais em Edgar Silva será um voto a menos na direita.