Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização

Apesar do nosso voto positivo em relação a este relatório que aceita o prolongamento do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG) nesta fase, não podemos deixar de levantar algumas questões em relação ao FEG dado que não é a resposta necessária aos problemas de reestruturações de empresas nem os seus critérios de financiamento são justos, como temos vindo a denunciar.

O FEG é sobretudo um amortecedor face às políticas estruturais negativas da União Europeia, sem ir ao fundo do problema, mas atenuando os efeitos de algum desemprego.

Por outro lado, no contexto de aprofundamento da crise económica e financeira, em que se exige aos Estados-Membros a aplicação de medidas de austeridade, há um crescente aumento do desemprego, devido, também, ao aumento de falências no sector industrial, pelo que a elevada taxa de co-financiamento exigida aos Estados-Membros, de 35% do montante global previsto, limita o acesso a esse financiamento.

Por isso, propusemos a redução da taxa de co-financiamento para 5%, sobretudo para os países em condições financeiras frágeis, como Portugal. Infelizmente não foi aprovada tal proposta.

Mais uma vez insistimos, que, mais do que o paliativo do FEG, se impõem medidas que visem a prevenção do desemprego e incentivem a criação de emprego.

  • Trabalhadores
  • União Europeia
  • Declarações de Voto
  • Parlamento Europeu