Declaração escrita de Pedro Guerreiro no Parlamento Europeu

Estado das relações UE e a África

A Cimeira UE/África deveria marcar uma mudança nas políticas da UE, no
sentido do respeito da soberania e do direito ao desenvolvimento dos
países e povos africanos, promovendo um mundo mais justo, pacífico,
solidário e humano.

Tal exige, por exemplo:

- Medidas imediatas de solidariedade para assegurar as mais elementares necessidades de milhões de seres humanos;
- O respeito da soberania e independência nacionais, a não ingerência
nos assuntos internos de cada país, a solução pacífica dos conflitos
internacionais;
- A desmilitarização das relações internacionais, a redução gradual dos armamentos e das despesas militares;
- Relações económicas internacionais equitativas e justas, contra as
imposições do FMI, BM e OMC e os "Acordos de Parceria Económica" de
liberalização do comércio;
- A anulação da dívida externa, já mais que paga;
- Reais políticas de cooperação e de apoio activo e solidário ao desenvolvimento;
- A garantia dos direitos dos imigrantes.

E não relações baseadas em ambições neocolonialistas ou em visões
paternalistas que tentam recuperar o terreno perdido com o amplo
processo de libertação nacional dos povos africanos - conquistado na
segunda metade do século XX -, promover a ingerência e a presença
militar das grandes potencias da UE e o domínio e exploração dos
recursos naturais por parte das transnacionais.

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