Nota do Gabinete de Imprensa dos Deputados do PCP ao PE

Desenvolver o potencial de emprego de uma nova economia sustentável

Desenvolver o potencial de emprego de uma nova economia sustentável

Foi aprovado na Comissão de Indústria, da Investigação e da Energia, do Parlamento Europeu, o Parecer de Ilda Figueiredo, deputada do PCP, sobre o desenvolvimento do potencial de emprego de uma nova economia sustentável.

Nesse parecer afirma-se, designadamente:

- Considera que uma nova economia sustentável da União Europeia deve garantir um desenvolvimento económico e social equilibrado, insistindo na importância do sector público, designadamente nas áreas da energia, construção de infra-estruturas e equipamentos, transportes e comunicações para a criação de emprego com direitos.

- Solicita uma política industrial sustentável e ambiciosa que coloque a ênfase na eficiência dos recursos e salienta que é necessário que uma economia verde ofereça perspectivas de trabalho digno e bem remunerado, que aposte na eficiência energética, o que, por sua vez, também contribui para a diversificação industrial.

- Sublinha que a transição para uma nova economia sustentável é algo muito complexo, pelo que insiste na necessidade de dar particular atenção às zonas afectadas pela desindustrialização, seja através da criação de adequados suportes financeiros, seja de intervenções integradas de desenvolvimento sustentável, acompanhadas de acções de inovação, capazes de criar empregos de qualidade, com direitos e com salários dignos, orientadas para a redução das desigualdades e das assimetrias regionais, em diálogo com os parceiros sociais, salientando a importância do apoio às PME.

- Considera que é essencial garantir um novo quadro comunitário para a investigação e desenvolvimento, com um orçamento adequado e suficiente, para apoiar a investigação e disponibilizar os seus resultados de forma simples e desburocratizada visando a inovação de micro, pequenas e médias empresas.

Apesar de se considerar positivo o resultado final do trabalho realizado na referida comissão parlamentar, nem todas as propostas da Relatora foram integralmente aprovadas, designadamente as que sublinhavam a necessidade de dar maior atenção às especificidades de cada Estado-Membro, aos diferentes graus de desenvolvimento das suas indústrias e à defesa do conhecimento acumulado em certos sectores industriais.

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