Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Delegação do PCP regressa de visita ao Chipre

O Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa e Ângelo Alves, membro da Comissão Política do Comité Central e da Secção Internacional do PCP, numa visita ao Chipre a convite do Partido Progressista do Povo Trabalhador (AKEL), realizaram um encontro com o seu Secretário-geral, Andros Kyprianou, e a Direcção do AKEL.

Durante a visita, que decorreu a 19 de Junho, a delegação do PCP realizou ainda encontros com o Presidente do Parlamento Cipriota, Yiannakis Omirou, e com a direcção da Central Sindical de Classe Cipriota (PEO – Federação Pan Cipriota do Trabalho).

A delegação do PCP visitou as cidades de Nicósia e Larnaca. Em Nicósia teve oportunidade de visitar a «linha verde» que divide a ilha cipriota desde o golpe de Estado em 1974 e que resultou na ocupação turca de 37% do território cipriota. Em Larnaca, a delegação do PCP participou num acto público onde o AKEL deu a conhecer e debateu com a população a sua proposta de saída do Chipre da Zona Euro e de rejeição do chamado “memorando de entendimento” acordado entre o Governo de direita, encabeçado pelo Presidente Nicos Anastasiades, a União Europeia e o FMI.

A visita do PCP teve como objectivos centrais conhecer melhor a realidade cipriota após a assinatura do “memorando de entendimento” e reiterar a solidariedade dos comunistas portugueses para com o AKEL, os trabalhadores e o povo cipriota, na luta contra as imposições da União Europeia e do FMI, pelo fim da ocupação turca e pela reunificação do Chipre.

O PCP e o AKEL realizaram ainda conversações com vista à cooperação dos dois partidos na luta por uma outra Europa dos trabalhadores e dos povos, nomeadamente tendo em vista as próximas eleições para o Parlamento Europeu, em Maio de 2014. O PCP e o AKEL integram ambos o Grupo da Esquerda Unitária Europeia / Esquerda Verde Nórdica, do Parlamento Europeu.

A visita da delegação do PCP permitiu constatar a extrema violência das medidas que estão a ser impostas ao povo cipriota na sequência da assinatura do “memorando de entendimento” e que visam colocar em causa, não somente, as condições de vida, direitos sociais e laborais dos trabalhadores e do povo cipriota, mas também, a soberania do Chipre, nomeadamente sobre os seus recursos naturais, em particular as reservas de gás natural recentemente descobertas nas águas territoriais cipriotas.

A visita ao Chipre permitiu confirmar e aprofundar as tradicionais relações de amizade, cooperação e solidariedade entre os comunistas portugueses e cipriotas.

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