Vítima de mais de 35 anos de política de direita, da natureza exploradora do capitalismo e da crise, de uma União Europeia vinculada aos interesses dos monopólios e de um programa de agressão que empurra o país para o desastre, Portugal é hoje um país a saque.
As privatizações, o domínio do capital estrangeiro e a respectiva transferência de dividendos, o chamado planeamento fiscal, a transferência para o exterior da residência fiscal e dos rendimentos dos grupos económicos e das grandes fortunas, os paraísos fiscais e opções de investimento português no estrangeiro, representam delapidação de importantes recursos nacionais fundamentais para o financiamento da economia, o necessário ao incremento da produção, a criação de emprego e o crescimento económico.
Neste momento de afronta aos trabalhadores e ao povo português, o PCP reafirma a exigência de uma ruptura com a política de direita, que imponha uma política patriótica e de esquerda, capaz de abrir caminho ao desenvolvimento económico, ao progresso social e à afirmação soberana do interesse nacional. A realização do debate público «Fuga de capitais e o programa de agressão – empobrecimento e delapidação do país» prossegue este objectivo.