Camaradas,
A realização no actual quadro político e social que vivemos no nosso país desta iniciativa, sobre a Alternativa patriótica e de esquerda, para um Portugal com Futuro revela-se de enorme importância para as batalhas que vamos ter pela frente nos próximos tempos.
Entre alguns dos muitos aspectos que uma política patriótica e de esquerda tem na sua génese está a recuperação para a posse pública dos sectores básicos estratégicos da economia.
De entre esses sectores a recuperar está naturalmente o sector da aviação civil onde se inclui a TAP – companhia aérea de bandeira e ANA – Aeroportos de Portugal.
Os problemas que se verificam neste sector e com estas empresas nomeadamente após a sua privatização são uma muita clara demonstração da justeza e acerto desta nossa opção.
O aspecto que queria tratar é o da falta de capacidade que se verifica no aeroporto de Lisboa e qual a solução que defendemos para a sua superação.
Vale a pena relembrar que a solução para este problema estava encontrada Construção de um Novo aeroporto de Lisboa por fazes em terrenos públicos no campo de tiro de Alcochete .
Uma opção que a pretexto do pacto de agressão subscrito pelo PS, PSD e CDS com a troika, e das medidas de empobrecimento do povo e do nosso pais que ele impunha não só foi travada a sua construção como foi ainda agravada nas suas consequências com privatização da ANA.
De então para cá o que se passou foi que a multinacional VINCI que ficou com a ANA reduziu substancialmente o investimento, levou a cabo um continuo e enorme aumento das taxas aeroportuárias e promoveu uma grande degradação das condições de trabalho nos aeroportos, ou seja, agravou todos os problemas existentes.
Como se isso por si não fosse bastante, o anterior governo do PSD/CDS e o actual do PS aceitaram desresponsabilizar a VINCI da obrigação de construção de um novo aeroporto para poder propor como solução a construção de um terminal aeroportuário no Montijo na BA6 complementar ao Aeroporto da Portela.
Esta Opção que a VINCI quer e o governo do PS tarde em recusar, não só não resolve o problema, pois em 2035 está saturada, como exige ainda que após essa data a construção de um novo aeroporto.
Uma opção que para alem de ser mais cara do que a da primeira fase construção do Novo Aeroporto de Lisboa em Alcochete, causa enormes problemas ambientais, e comporta enormes riscos para a segurança da navegação aérea, a saúde e a segurança das populações das áreas circundantes.
De então para cá por força da justeza das nossas posições e intervenção tem crescido um forte movimento de opinião e luta constituído por dirigentes associativos, eleitos autárquicos, dirigentes sindicais e diversas personalidades e especialistas de renome a nível nacional em áreas tão diferentes como na engenharia, medicina, ambiente, pilotos ou controlo de navegação aérea. Que se batem por uma verdadeira solução para o problema da saturação do aeroporto de Lisboa e que tem alargado entre os portugueses a recusa desta opção e a exigência da Construção de um Novo Aeroporto de Lisboa.
Para nós aquilo que o pais precisa para resolver o problema da falta de capacidade do Aeroporto de Lisboa é a construção de um novo aeroporto de modo faseado em terrenos públicos no Campo de Tiro de Alcochete.
A defesa desta opção não só e aquela que permite que o país seja dotado de uma solução com futuro, e que pode ir sendo progressivamente expandida, como é ainda do ponto de vista económico mais barata, para não falarmos que no ponto de vista ambiental é a que menos impactos tem.
Uma opção que não dispensa antes é parte do caminho a trilhar para o resgate da concessão da ANA a VINCI e o seu retorno a posse publica, -
Uma solução que é parte do vasto acervo de medidas e propostas que corporizam a alternativa política patriótica e de esquerda que propomos para um Portugal com futuro.
Um Portugal que precisa de recuperar para a posse pública os sectores básicos estratégicos da economia, e coloca-los através de um Sector Empresarial do Estado forte e dinâmico ao serviço do progresso e desenvolvimento económico e social do pais.
Esta opção é ainda um contributo para um Portugal que promove a produção nacional, aposta nos sectores produtivos, e valoriza o trabalho e os trabalhadores.
Viva a Conferência
Viva o PCP