Pergunta Escrita ao Conselho de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Agressão inadmissível de forças de Marrocos contra sarahuis

Mais uma vez, as forças marroquinas abriram fogo contra civis saharauis e, no Domingo à noite, foi morto um rapaz saharaui de 14 anos e foram feridos vários outros pelas forças de segurança marroquinas que cercaram o acampamento de protesto Gdeim Izik, no Sahara Ocidental, ocupado por Marrocos.

Esta situação é uma tragédia e uma vergonha pelo que se impõe que se proteste junto das autoridades marroquinas, exigindo a passagem em segurança, e intervindo para pôr fim ao impasse político, permitindo que o povo do Sahara Ocidental escolha livremente o seu futuro na sua própria terra, cumprindo as resoluções da ONU.

O Sahara Ocidental é o único país em África que nunca viu concluído o seu processo de descolonização, pelo que é designado como um «Território Não Autónomo» ao abrigo da Carta das Nações Unidas. Está sob a ocupação de Marrocos desde 1975 com, aproximadamente, 165.000 refugiados do conflito a continuar a viver em campos de refugiados no Sudoeste da Argélia.
O cessar-fogo de 1991, sob os auspícios das Nações Unidas, foi baseado na condição de ser feito um referendo no qual o povo do Sahara Ocidental escolhesse entre a independência ou a integração em Marrocos. No entanto, Marrocos pelas dificuldades e oposições sistemáticas que coloca ao processo, tem conseguido que o referendo nunca tenha sido realizado.

Assim, solicito ao Conselho as seguintes informações:
1. Que acções está a desenvolver para protestar contra estas sistemáticas agressões e atropelos dos direitos humanos do povo saharaui por parte de Marrocos?
2. Que medidas está a tomar para defender energicamente a aplicação da Resolução da ONU sobre o referendo?

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