O acordo assinado esta madrugada pelo Governo, patronato e a UGT constitui um conjunto de medidas que visam o aumento da exploração dos trabalhadores. Banco de horas, ataque à contratação colectiva, roubo de dias de férias e feriados, redução das remunerações (horas extraordinárias e outros), despedimentos mais fáceis e baratos, apoios directos ao patronato, eis algumas das medidas concebidas para favorecer o grande capital.
Alterações que, a irem por diante, conduziriam a mais desemprego, empobrecimento, agravamento da exploração, retrocesso económico e social. Mas tal como o projecto de alargamento de meia hora de trabalho foi derrotado, também todas e cada uma destas medidas poderá ficar pelo caminho.
Em reacção a este anúncio, Jerónimo de Sousa apelou aos trabalhadores para a continuação da luta e para a participação na manifestação para 11 de Fevereiro. "Nessa manifestação, os trabalhadores transformarão o Terreiro do Paço num terreiro de luta, num terreiro do povo contra a política de desastre.".