Estamos perante o expoente máximo de uma visão do comércio que, em lugar de procurar complementaridades e reciprocidade, se orienta unicamente para a competição; competição entre países, entre produções e entre trabalhadores.
O balanço esperado deste acordo de livre comércio é apresentado, como sempre, em milhões de euros de lucros para os grandes grupos económicos e para as transnacionais. Assim é. Mas falta, como sempre, o reverso da medalha:
O sacrifício de milhões de pequenos produtores, de pequenas e médias empresas, do ambiente; a destruição de capacidade produtiva e de postos de trabalho; o ataque a salários e aos direitos dos trabalhadores.
Este acordo vai afectar sobretudo os países, como Portugal, e as regiões mais dependentes dos sectores abrangidos: têxtil, automóvel e componentes e electrónica.
É significativo que o próprio relator anteveja já os inevitáveis despedimentos na Europa.
Mas sabemos que também na Coreia, sindicatos e organizações campesinas estão contra este acordo.
Fica por isso claro quem ganha e quem sai a perder com a sua assinatura.