Intervenções

Combate-se a desinformação aprofundando a democracia e não limitando-a

Senhora Deputada, o espaço mediático e da comunicação é um espaço demasiado importante para o funcionamento da democracia.

E a pergunta que lhe faço é se o caminho deve ser o de impor limites ao funcionamento democrático ou se, pelo contrário, é o do aprofundamento da democracia.

Hoje, uma das propostas que temos em cima da mesa é o reforço de medidas de controle dos conteúdos.

Não é com o negócio verde que se defende o ambiente

Sra. Deputada Lídia Pereira, é uma evidência hoje que a tentativa de implementar políticas com objetivos ambientais, utilizando instrumentos financeiros e instrumentos de mercado, é um fracasso.

O mercado das emissões de licenças de carbono é verdadeiramente a demonstração de que não há por trás disso um objetivo de alcançar determinados objetivos ambientais, há verdadeiramente um negócio que é feito à custa do aumento da produção.

Solidariedade com o povo palestiniano! Cessar-fogo permanente! Criação do Estado da Palestina!

É inimaginável a violência, o horror da acção genocida de Israel, a que o povo palestiniano está sujeito há mais de um ano na faixa de Gaza, suspensa agora por um cessar-fogo temporário que deve tornar-se permanente.

Mais de 160 mil vítimas palestinianas, entre mortos, feridos e desaparecidos. A situação humanitária, alimentar, de abrigo e saúde é desastrosa, pondo em risco centenas de milhares de palestinianos e exigindo respostas imediatas.

Para haver ajuda humanitária aos palestinianos é preciso reverter a proibição da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados (UNRWA)

Sr. Deputado Sebastião Bugalho, o Sr. referiu a necessidade de assistência humanitária aos palestinianos, ao povo palestiniano e à faixa de Gaza.

E isso é uma evidência. A situação humanitária é verdadeiramente trágica.

É preciso um cessar-fogo permanente, o fim da ocupação e a criação do Estado da Palestina

Sra. Deputada,

Falou de facto da necessidade de uma solução de fundo para o problema de fundo, que é o do respeito pelos direitos nacionais do povo palestiniano, incluindo a concretização das resoluções das Nações Unidas que dão expressão a esses direitos nacionais, nomeadamente o direito a ter um Estado.

E a pergunta que lhe faço é qual deve ser o papel da União Europeia relativamente a isso.

A extrema-direita não defende nem a Paz nem os direitos do povo palestino

Tânger Corrêa veio aqui dizer-nos que Donald Trump é um grande defensor da paz e vem nos dizer que é o grande responsável pelo cessar-fogo na Faixa de Gaza.

E eu quero perguntar-lhe como é que o senhor pode dizer que Donald Trump é um defensor da paz?

Se aquele é o presidente norte-americano que apela ao investimento na corrida aos armamentos, aos gastos com as despesas com a guerra, ao prolongamento da acção militar da NATO por todo o mundo.

A UE não pode ficar em silêncio perante os ataques aos palestinianos na Cisjordânia

A Sra. Presidente já fez referência ao debate que teremos hoje sobre Gaza, mas ainda não ouvimos uma única palavra por parte das instituições da União Europeia sobre as agressões de colonos israelitas contra a população palestiniana dos territórios da Cisjordânia e de Jerusalém Leste, territórios ilegalmente ocupados por Israel.

As denúncias dessas agressões têm-se multiplicado nos últimos dias.

A luta das mulheres pela igualdade não se desenlaça da luta contra a exploração

A Declaração de Pequim e a Plataforma de Ação apontaram há 30 anos uma perspectiva que deveria ter sido de avanço no caminho de concretização dos direitos das mulheres em todas as dimensões da vida em que esses direitos se expressam e se fazem sentir.

Para cumprir os direitos das mulheres é preciso mudar de políticas

A próxima sessão da Comissão das Nações Unidas sobre o Estatuto das Mulheres é uma boa oportunidade para se avaliar o caminho feito relativamente ao cumprimento dos direitos das mulheres.

E a pergunta que fazemos é simples.

É possível combater as desigualdades que atingem as mulheres, mantendo as mesmas políticas neoliberais que agravam a exploração e que impõem retrocessos sociais graves?

Os direitos laborais dos agricultores defendem-se apoiando a sua actividade produtiva

Senhoras e senhores deputados, senhor comissário, o título deste debate é construído com uma boa dose de hipocrisia.

Até parece que as dificuldades dos pequenos e médios agricultores e dos trabalhadores agrícolas não têm uma ligação directa às políticas da União Europeia.

E até parece que essas políticas não têm neste Parlamento um apoio maioritário que vai dos sociais-democratas até à extrema-direita.