Senhor Presidente, Senhor Comissário, a valorização do trabalho e dos trabalhadores tem de ser um critério e uma referência para o desenvolvimento.

Não há país que se possa considerar desenvolvido tendo os seus trabalhadores desvalorizados, desprezados, sem resposta às suas necessidades. No entanto, as políticas dos governos nacionais e a cobertura que a União Europeia dá a essas políticas vão exatamente no sentido contrário.

O Parlamento Europeu votou o acordo interinstucional relativo ao Orçamento da União Europeia para 2026, em consonância com o Conselho da UE e a Comissão Europeia, que representa uma redução de cerca de 11 mil milhões de euros, ao nível dos pagamentos, face ao que estava previsto no actual Quadro Financeiro Plurianual para 2026.

Senhor Presidente, Senhora Comissária Maria Luís Albuquerque,

Queremos começar por sublinhar a nossa preocupação com os impactos negativos para Portugal da discussão em curso sobre as quotas no atlântico com a perspectiva de redução de 23% da quota do lagostim face a 2025 e a proibição de capturas no norte do país e na Galiza, a par da manutenção do regime restritivo dos últimos anos na enguia.