Num quadro em que Portugal se destaca negativamente pela
percentagem de contratos a prazo, o Governo de direita propõe-se
armar o patronato com novas possibilidades de alargar e até,
nalgumas situações, eternizar o vínculo
precário. Mantendo a discriminação sobre
os jovens à procura do 1º emprego e desempregados
de longa duração que poderão ser sempre
admitidos a prazo. Mas o mais grave é que, segundo
o art.º 136 do projecto da direita, o contrato de trabalho
a termo incerto dura por todo o tempo necessário para
a substituição do trabalhador ausente ou para
conclusão da actividade, tarefa, obra ou projecto cuja
execução justifica a sua celebração.
Num cínico exercício Bagão Félix,
escondendo este objectivo vertido no “código”,
vem proclamar a sua disponibilidade para reduzir os contratos
a prazo através de um pacto com os parceiros sociais.
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