Roubam o povo afundam o país
18 Janeiro 2012Exploração e empobrecimentopara engordar os lucros do grande capital
Congelamento de salários, corte nas remunerações, roubo no subsidio de férias e de Natal. Como se tem verificado, PEC após PEC, orçamento após orçamento, as medidas anunciadas pelo governo são sempre a antecipação, de outras que estarão ainda para vir. Um roubo a quem trabalha, a quem vive da sua reforma ou do seu pequeno negócio, para entregar à banca, aos grupos económicos à especulação financeira.
- Só em 2012 o Estado pagará cerca de 9 mil milhões de euros de juros à banca.
- Ascendem a 35 mil milhões de euros os juros a pagar pelo país à UE e ao FMI, no âmbito do empréstimo da Troika.
- Estão previstos cerca de 12 mil milhões de euros de recursos públicos para a “recapitalização” dos bancos
- A transferência dos fundos de pensões dos trabalhadores da banca, sendo um grande negócio para os banqueiros, ameaça tornar-se numa bomba-relógio para a segurança social.
Impostos sobre o capital“Sabe bem pagar tão pouco”
Seguindo o mesmo rumo que o conjunto dos grupos económicos com actividade em Portugal, o grupo Jerónimo Martins, proprietário das lojas Pingo Doce, decidiu deslocalizar a sede da sua empresa para a Holanda fugindo desta forma ao pagamento de impostos em Portugal.
Exploração máxima dos trabalhadores, ruína de milhares de produtores locais, apoios escandalosos da parte do Estado, lucros fabulosos e fuga de milhões de euros em impostos que deveriam ser pagos em Portugal – eis o retrato de uma política ao serviço de Alexandre Soares dos Santos, Américo Amorim, Belmiro de Azevedo e outros capitalistas nacionais e estrangeiros.
Roubam o povo.Afundam o país
Para continuar a servir o grande capital com privilégios e benefícios fiscais, com apoios directos de milhões de euros e encobrimento das suas dívidas e falcatruas, com rendas e negócios milionários, com novas fontes de lucro e a privatização de empresas e sectores estratégicos, o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas aumenta impostos e o preço dos serviços prestados a uma população cada vez mais empobrecida.
Na saúde, o preço das novas taxas, ditas moderadoras, mais do que duplicou, atingindo custos de 20 a 50 euros nas urgências hospitalares; 10 euros nas consultas nos hospitais; 5 euros nas consultas nos centros de saúde; 4 e 5 euros nos cuidados de enfermagem.
Na alimentação – água, mercearia, charcutaria, café, refeições congeladas, etc –, assim como no sector da restauração o IVA foi agravado para a taxa máxima.
Na electricidade, no espaço de um ano, os preço subiu para os consumidores domésticos de 25,2%.
Nas portagens e telecomunicações os aumentos são brutais. Nos transportes, a par de uma redução significativa da oferta de serviços – cortes de carreiras, encerramento de linhas de comboio, redução de frequência – desde o Verão que os preços não têm parado de subir.
Nas rendas de casa, aparece agora a ameaça de uma nova lei das rendas que na prática é uma lei dos despejos ao serviço da especulação imobiliária. Centenas de milhar de pessoas, ficariam em risco de serem colocadas na rua. Mais exploração mais desemprego.Mais lucros para o capital
Os trabalhadores, o povo e o País estão sujeitos a uma brutal ofensiva. O Pacto de Agressão estabelecido pelo PS, PSD e CDS-PP com o FMI e a UE , visa satisfazer as pretensões do grande capital e das grandes potências da UE. A pretexto do combate ao défice e da competitividade da economia, querem impor o agravamento da exploração.
- Facilitação dos despedimentos e redução das indemnizações
- Alargamento da precariedade e ataque à contratação colectiva
- Redução do pagamento das horas extras e do trabalho em dias de descanso
- Eliminação de quatro feriados e redução dos dias de férias
- Imposição do banco de horas (actualmente limitado)
- Horários de trabalhoque podem atingir 12 horas por dia e 60 horas por semana
- Eliminação do dia de descanso compensatório
- Redução do valor e tempo de atribuição do subsídio de desemprego
Rejeitar o Pacto de AgressãoLutar por um Portugal com futuro
O Pacto de Agressão, assente no agravamento da exploração, mostra bem a natureza do capitalismo, do processo de integração da UE e da continuação da política de direita. A brutalidade deste processo é evidente, mais empobrecimento, mais desemprego, recessão e mais falências, menos produção, mais dependência e afundamento do País.