Portugal continua a ser o País da União Europeia com mais baixos salários, onde
se têm acentuado as desigualdades salariais e sociais e onde a repartição do
rendimento nacional se tem crescentemente agravado.
A evolução da riqueza material do País, medida pelo PIB, tem-se traduzido por
uma apropriação predominantemente a favor dos lucros das empresas dos ganhos
de produtividade da economia em prejuízo dos rendimentos do trabalho.
O quadro comparativo dos salários mínimos mensais na União Europeia demonstra
igualmente uma intolerável distância entre os valores pagos em Portugal e nos
restantes Estados membros:
Escudos | Euros | |
Bélgica | 215.407 | 1074 |
Espanha | 83.465 | 416 |
França | 210.327 | 1049 |
Grã-Bretanha | 193.053 | 920 |
Grécia | 90.636 | 458 |
Holanda | 216.156 | 1078 |
Irlanda | 192.011 | 958 |
Luxemburgo | 234.156 | 1162 |
Portugal | 61.300 | 306 |
O aumento dos salários, em particular do salário mínimo nacional, torna-se,
pois, imperioso por razões de justiça social e como factor dinamizador da economia
ao favorecer um maior nível de consumo.
Assim, os Deputados abaixo assinados do Grupo Parlamentar do PCP apresentam
o seguinte Projecto de Lei: