O PS prometeu, mas rápidamente esqueceu. Três anos de Governo PS, três anos de continuação da política de direita.
A situação social é grave, os problemas dos trabalhadores continuam a acentuar-se.
Os salários dos trabalhadores portugueses são os mais baixos da Europa, enquanto os preços dos produtos de primeira necessidade estão cada vez mais equiparados.
Os horários de trabalho são os mais prolongados.
O desemprego e o subemprego atingem quase um milhão de portugueses.
A insegurança e a violação de direitos proliferam. A dignidade dos trabalhadores é posta em causa em muitas empresas.
Cerca de um milhão de trabalhadores tem vinculos precários.
As injustiças sociais e a concentração da riqueza são cada vez maiores.
O índice de pobreza é, em Portugal, dos mais elevados da Europa, 30% das famílias são pobres, o que representa cerca de 2,5 milhões de pessoas.
Os salários têm vindo a perder peso a favor dos lucros e de outros rendimentos do capital e representam apenas 41% do rendimento nacional.
Na lista dos mais ricos do mundo lá estão Belmiro de Azevedo e outros chefes dos grupos económicos e financeiros ditos nacionais.
10% da população concentra quase metade da riqueza nacional (47,5%) e há já quem se atreva a prever que nos próximos 20 a 30 anos essa realidade não se venha a alterar.
A injustiça fiscal é gritante. Os grupos económicos têm isenções e incentivos, o mesmo acontecendo com a especulação bolsista. As empresas privatizadas tendem a deixar de pagar impostos e são os trabalhadores por conta de outrém que suportam o fundamental da carga fiscal.
Impunha-se e impõe-se uma resposta a esta situação. É necessário e possível defender e concretizar direitos.
Mas o governo do PS, do partido que introduziu os contratos a prazo, do partido que avançou com a flexibilidade e a polivalência, não só não responde ás aspirações dos trabalhadores como põe agora em marcha este pacote laboral, que constitui um dos mais graves ataques de sempre aos seus direitos.
É necessário e possível elevar o nível de vida.
Mas o governo PS fala em contenção salarial e os aumentos de produtividade vão direitos para engordar os lucros do grande patronato.
Está clara a prática do Governo PS.
Para os trabalhadores, a contenção salarial, a redução de direitos, o agravamento da exploração, a instabilidade e a insegurança no
emprego, o ataque à dignidade profissional e pessoal, a injustiça fiscal.
Para os grupos económicos e financeiros, as privatizações, os favorecimentos, as isenções fiscais, a estabilidade do aumento do seu poder e dos seus lucros.