Clientelismo PS
Antes das eleições de 1995,
António Guterres, num debate televisivo com Fernando Nogueira,
que dissera que existiam cerca de 5.500 cargos de nomeação
política, afirmou, indignado, que, se fosse eleito, acabaria com
tal escândalo.
Depois da vitória do PS nas eleições, declarou que "no
jobs for the boys" ("não há empregos para a
rapaziada"). É muito difícil encontrar uma promessa que
Guterres tenha cumprido. Em Maio de 1997 já o Governo tinha
feito 4.997 nomeações.
Mesmo depois de ter sido aprovada (20/3/97) uma lei da Revisão
do Estatuto do Pessoal Dirigente, as nomeações continuaram...
pois a lei ainda não tinha entrado em vigor. E depois de entrar
em vigor (16/5/97) ainda houve nomeações sem qualquer concurso
porque tinham datas anteriores. Ainda recentemente foram anuladas
pelo Tribunal de Contas, duas nomeações feitas na Madeira. Aqui
trata-se, evidentemente, do PSD. Ou, se se quiser ser mais
objectivo, de Alberto João Jardim.
Actualmente, com o aumento do desemprego, particularmente entre
os jovens licenciados, quando surge um emprego, já está coberto
por cunhas do PS. Não menos que com o PSD, actualmente "os
empregos são mesmo para a rapaziada".