Índice Cronológico Índice Remissivo
Projecto de Lei nº 193/VII
Elevação da Vila de Agualva-Cacém
à categoria de cidade
A vila de Agualva-Cacém, situada
no concelho de Sintra ocupa uma área de 1050,6 HA a que
corresponde 3,3% da área total do Concelho e conta com
uma população estimada em cerca de 70.000 habitantes
a que corresponde 22% da população total residente
no Concelho de Sintra, dos quais 47.545 inscritos no recenseamento
eleitoral de 1995. É um dos 15 maiores centros populacionais
do país, situação a que chegou devido a um
acelerado desenvolvimento urbano nas últimas décadas:
Freguesia criada em 15 de Maio de 1953
e elevada à categoria de Vila em 25 de Setembro de 1985,
Agualva-Cacém é hoje um dos mais progressivos centros
da área metropolitana de Lisboa, com uma crescente indústria
e uma notável dinâmica comercial, sendo dotado de
variadíssimos equipamentos e serviços, de relevante
importância no contexto regional.
Agualva-Cacém localidade mais
conhecida como entroncamento ferroviário das linhas de
Sintra e do Oeste, estância de veraneio até aos anos
50, Agualva-Cacém tem no entanto, uma história muito
antiga, com raízes que remontam à época da
dominação Romana (estações arqueológicas
de S. Marcos e Colaride) e à pré-história,
de que é testemunho a Anta da Agualva (classificada como
monumento nacional).
A certidão da antiguidade de
Agualva-Cacém é desde logo atestada pelos topónimos:
Agualva ( do Latim "Aqua Alba" ), e Cacém (
do Árabe "Qasim" ), referenciados desde o período
medieval.
Em Agualva-Cacém nasceu (na Quinta dos Lóios, Junto à Ribeira da Jarda), D. Domingos Jardo, Bispo de Lisboa e Chanceler-Mor de D. Dinis, e à Quinta da Fidalga anda ligado o nome do escritor e filosofo Matias Aires, que ali viveu e veio a falecer em 1763. Assinalável é também a Quinta da Bela Vista, que pertenceu ao ilustre republicano Joaquim Ribeiro de Carvalho (1880-1942).
Entre outros marcos de valioso património
histórico-cultural de Agualva-Cacém, salienta-se
os templos quinhentistas de S. Marcos e de Nossa Senhora da Consolação,
bem como alguns núcleos de arquitectura popular saloia.
É de referir que a mais antiga
das feiras tradicionais da região saloia que se realiza
desde 1713 e no mesmo local é a feira de Agualva.
Estes são alguns dos exemplos
de uma memória colectiva, rica e diversificada, que ajudaram
a forjar uma identidade cultural própria que importa recuperar
e valorizar. Alicerces seguros para que as gerações
actuais construam um futuro melhor.
No que respeita a equipamentos colectivos
Agualva-Cacém possui hoje:
Fontes:
Agualva-Cacém possui, assim todos
os requisitos que a lei nº 11/82 de 2 de Junho exige para
a sua elevação á categoria de cidade (art.
13º) pelo que os deputados do PCP abaixo assinados apresentam
o seguinte Projecto de Lei: