Construir futuro com as forças
e os direitos do trabalho

O Governo, os partidos da direita e os defensores do capital querem-nos fazer crer que a culpa nunca é deles.

Falam do "mercado", da competitividade, da produtividade, nunca dos lucros, nem da injusta distribuição do rendimento.

O Governo aumenta os preços dos transportes, dos combustíveis, da electricidade, dos telefones, do pão, as taxas de juro, mas, simultaneamente, exige contenção dos salários na Administração Pública.

Como se não chegasse, põe o Governador do Banco de Portugal a estimular os negociadores patronais a travarem os salários e a bloquearem a contratação colectiva. Sem pensar no seu vencimento era bom lembrar: um administrador da GALP ganha 500 contos por dia, uma trabalhadora têxtil ganha 2 contos!

Estará o senhor ex-ministro e actual governador do Banco de Portugal preocupado com o facto de só os três maiores bancos terem tido lucros de 178 milhões de contos, só neste ano?