Máximas e Reflexões
Ciência e Técnica
"O homem forja-se a si próprio pelo trabalho. A mão faz o
homem: não é ainda Engels a dizê-lo, mas Anaxágoras - a um
tempo filósofo, homem de ciência e técnico - vindo para Atenas
da industriosa Jónia, berço da técnica e da ciência no
Ocidente."
V. de Magalhães-Vilhena, Surto técnico e científico e
'blocagem' social na Cidade antiga (1986).
"A força produtiva do trabalho é determinada por
múltiplas circunstâncias, entre as quais o grau médio de
habilidade dos operários, o estádio de desenvolvimento da
ciência e da sua aplicabilidade tecnológica, a combinação
social do processo de produção, a extensão e a sua eficácia
dos meios de produção e as condições naturais."
Marx, O Capital, livro I, cap. I (1867).
"Não há estrada real (*) para a ciência e só aqueles que
não receiam fatigar-se a trepar pelas suas veredas escarpadas
têm probabilidade de chegar aos seus cumes luminosos."
Marx, carta a M. La Châtre (18 de Março de 1872).
(*) Antiga designação para "estrada principal"
"(...) o aperfeiçoamento da técnica, que significa aumento
da produtividade do trabalho e da riqueza social, implica na
sociedade burguesa acréscimo da desigualdade social (...), da
insegurança, do desemprego e de toda a espécie de
privações."
Lénine, Textos para a revisão do programa do Partido (Abril-Maio
de 1917).
"Em ciência, os homens aprenderam conscientemente a
subordinar-se a um propósito comum, sem perderem a
individualidade das suas realizações. Cada um sabe que a sua
obra depende da dos seus predecessores e colegas e que ela só
consegue frutificar através da obra dos seus sucessores. Em
ciência colabora-se, não porque se seja forçado a isso por
alguma autoridade superior (...), mas porque se compreende que
só nesta colaboração voluntária poderá cada um encontrar a
sua meta."
John D. Bernal, A Função social da ciência (1939).
"A Associação tem por objectivos:
a) defender e estimular, na medida das suas possibilidades, a
actividade científica em
Portugal;
b) colaborar na elaboração de uma política científica
nacional;
c) lutar por uma correcta aplicação da ciência ao serviço do
povo português e, à escala mundial, ao serviço da paz, do
progresso e da cooperação entre os povos."
Artº 4º dos Estatutos da Organização dos Trabalhadores
Científicos (1979).
«O Militante» Nº 240 - Maio / Junho- 1999