Organização Distrital de Viseu da JCP
Crescemos com o 6º Congresso
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Pedro Baldaia
Membro do Organismo Distrital de Viseu da JCP
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Quando em Novembro passado sete camaradas da JCP
se reuniram para discutir a actividade da organização de Viseu
da JCP, depararam-se com uma situação pouco animadora: os
camaradas estavam desligados da pouca actividade da JCP e grande
parte já não estava em Viseu, de modo que se começou
praticamente do zero.
Hoje a realidade da organização é bem diferente. Podemos
afirmar com segurança que, no distrito de Viseu, a JCP
cresceu com a preparação do 6º Congresso.
Um desafio da Direcção Nacional
Assumimos o desafio lançado pela Direcção Nacional da JCP de
realização e dinamização de várias iniciativas de
diferentes características e que a par do trabalho de discussão
e da eleição de delegados, afirmem o 6º Congresso e a JCP.
Este conjunto de iniciativas deve sempre ter em conta as
vontades, gostos e a criatividade dos militantes e a envolvência
na concretização e na participação de outros jovens. A
Direcção Nacional avançava, nomeadamente, com iniciativas
culturais, desportivas, de convívio, de debate, a dinamização
de mostras e festivais de música, o concurso nacional de murais.
A nossa organização, tendo como base essa orientação,
procurou levar a cabo iniciativas que dessem a conhecer aos
jovens e à população em geral a JCP, e a sua actividade quer
política, quer cultural.
Os objectivos a que nos propusemos, numa das reuniões de
preparação do Congresso, foram alcançados.
A Organização de Viseu da JCP é hoje, sem dúvida alguma, a
organização juvenil que faltava em Viseu, cidade onde os jovens
têm poucas iniciativas e em que os jovens não são vistos como
peças importantes para a nossa sociedade.
Ligar a organização à juventude
A Organização Distrital de Viseu da JCP procura envolver a
juventude, dinamiza-a, dá voz aos seus problemas e não é, como
muitas pessoas pensam, uma organização conservadora; é, antes
pelo contrário, uma organização em que todos têm o direito de
expressar as suas ideias, seja qual for a sua formação
ideológica.
Só como exemplo, na reunião que serviu para discussão dos
documentos para o Congresso, participaram, para além dos
militantes da JCP, outros jovens sem filiação partidária e
até inscritos em outras organizações partidárias de
juventude. Isto só mostra que a JCP não é uma organização
fechada, que centra a sua actividade só nos comunistas, e está
aberta a todos os jovens que desejam discutir, dialogar,
desabafar.
Uma série de iniciativas. levadas a cabo pela Organização de
Viseu, mobilizaram algumas dezenas de jovens do distrito.
Nos dias 6 e 7 de Março realizámos, em Lamego, um acampamento,
para o qual se inscreveram 36 jovens. Foram dois dias em que se
fez de tudo um pouco, de forma mais ou menos séria. Rapel,
passeios pela Serra das Meadas, fogo de campo, convívio no bar
do Parque de Campismo, debate com a participação da camarada
Margarida Botelho, do Secretariado da Direcção Nacional. Neste
acampamento, mais de metade dos participantes não eram da JCP, o
que só mostra a grande abertura já existente em Viseu para
iniciativas dos
comunistas. De realçar a ajuda prestada pelos escuteiros de
Lamego no Rapel. Pondo de lado preconceitos, foi feito o
contacto com o Agrupamento de escuteiros de Lamego, que acederam
a ajudar no que lhes fosse possível. E sem eles toda aquela
adrenalina de descer penhascos, não teria existido.
De 17 a 21 de Março organizámos uma exposição de artes
plásticas, em que as obras expostas eram da autoria de jovens
que não encontram espaços nem apoios para expor os seus
trabalhos e a quem a JCP deu essa possibilidade. Foi uma
exposição bastante visitada e que, na inauguração - espanto
dos espantos - até contou com a presença de um vereador em
representação da Câmara Municipal de Viseu. As obras serão
ainda expostas em mais três localidades do distrito. Na
exposição envolvemos cerca de 10 jovens artistas, dos quais só
um era membro da JCP. Hoje outros dois já se inscreveram.
Outras acções
Procurámos também reavivar o espírito da revolução, pintando
dois murais na circunvalação de Viseu, e esperamos que sejam o
início de uma série de outros que estão previstos por todo o
distrito. Neste esforço de afirmação da JCP inclui-se ainda a
distribuição de documentos em escolas secundárias.
Neste período procurámos dar também resposta à luta que aqui
existe pela criação da Universidade Pública de Viseu,
aspiração antiga dos jovens viseenses, sempre negada pelo PSD e
agora pelo PS.
Os resultados, sendo curtos, são animadores. Nos últimos meses
recrutámos 26 novos militantes para a JCP. Estamos a procurar e
a conseguir envolver a maior parte na vida da organização e a
atribuir-lhes responsabilidades.
A organização distrital de Viseu da JCP é uma organização
activa, que procura o contacto com os jovens, que procura que as
suas acções englobem o maior número possível de jovens, que
luta pelos interesses da Juventude do distrito, que debate, que
discute os problemas juvenis. O espírito revolucionário e os
ideais comunistas correm no sangue dos camaradas viseenses. Mas
há muito caminho a percorrer. Temos muito a aprender. Temos
muito trabalho pela frente.
É pelo socialismo, pelo comunismo, pelo marxismo-leninismo que
nos movemos. É por tudoisto que a organização distrital de
Viseu da JCP se move.
«O Militante» Nº 240 - Maio / Junho - 1999