Os superboys



O Independente (15/5/98) publicou um artigo destacando principalmente a deslocação dos que saem do Governo PS e passam para as grandes empresas.
É natural... O poder económico, tal como no fascismo, está já a comandar o poder político. Também com Salazar havia trocas frequentes entre os ministérios e os meios empresariais.
Possivelmente é António Vitorino que mais se destaca. Deve pensar que foi uma excelente ideia aquela de dizer que a compra de um terreno no Alentejo tinha só custado 3.000 contos e não 7.500 contos.
Como prémio (ou prémios) é, agora, consultor jurídico da EDP, da Petrogal e da Portugal Telecom, consultor do Grupo Mello, presidente da Assembleia Geral do Banco Santander, mais a advocacia, a actividade académica e o que não é conhecido. Rendimento anual de cerca de 100 mil contos.
Numa fileira de fotos, O Independente coloca depois Murteira Nabo (80 mil contos), Norberto Fernandes (55 mil contos), Alberto Costa, Luís Simões, Crisóstomo Teixeira, Monteiro Fernandes, José Lamego (todos com cerca de 35 mil contos cada), Freire de Sousa (17 mil contos), Arcos dos Reis, Jaime Andrez (7 mil contos), Maria João Rodrigues (7 mil contos mais despesas).
Também é feita uma referência aos que sairam do Governo e não foram contemplados com boas vivências. É bom sinal que os haja: Augusto Mateus, Manuela Arcanjo, Daniel Bessa, Manuel dos Santos, Pereira Gomes, Adriano Pimpão, Rui Nery, Ismael Ribeiro da Cunha.


«O Militante» Nº 235 - Junho / Agosto - 1998