Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Sessão Pública CDU

«Aljustrel precisa de ver regressar o trabalho, a honestidade e competência que ao longo de anos conduziu os destinos deste concelho»

«Aljustrel precisa de ver regressar o trabalho, a honestidade e competência que ao longo de anos conduziu os destinos deste concelho»

Camaradas e amigos

Uma saudação a todos quantos aqui marcam presença e por vosso intermédio a toda a população deste concelho, um concelho de gente de trabalho forjada na dura luta dos campos e das minas, terra de resistentes e lutadores pela democracia e a liberdade.

Uma saudação a todos os candidatos e activistas e em especial ao Fernando Ruas e ao Manuel Nobre que em 26 de Setembro, como estamos convictos, assumirão com o apoio do povo de Aljustrel a presidência da Câmara e Assembleia Municipal.

Aqui estamos em Aljustrel nestes dias que faltam para fazer crescer o apoio à CDU, para transformar esse apoio em avanço da CDU com o que isso significa de avanço para o concelho e para as condições de vida da população.

Aljustrel precisa de ver regressar o trabalho, a honestidade e competência que ao longo de anos conduziu os destinos deste concelho.

Anos em que foi notório o progresso local, de aposta no bem-estar dos trabalhadores e da população.

O que este concelho é em termos de desenvolvimento e progresso local, de criação de melhores condições de vida para o seu povo, deve-o à CDU e ao trabalho que, mandato após mandato, centenas de eleitos da CDU aqui fizeram, dedicando a sua disponibilidade a este concelho e às suas gentes, assegurando uma gestão democrática e participada.

O Povo deste concelho conhece a CDU, conhece o PCP.

Sabe que é com eles que sempre contou em todas as suas lutas no passado, pela liberdade, pelos direitos nos campos desta região.

Sabe que é connosco que contou na construção de Abril e nas suas conquistas, sabe que é com a CDU que conta hoje para assegurar os seus direitos.

Sabe que é com a CDU que conta para defender a mina e os direitos de quem lá trabalha.

É com a CDU que conta para se opor a um modelo que usurpa recursos que são do povo que sucessivos governos têm alienado e entregue a interesses que não são os do País.

Aqui nos apresentamos de cara levantada, com o nosso símbolo e a nossa sigla, afirmando a CDU como um espaço de participação democrática, no qual intervêm milhares de homens e mulheres sem filiação partidária

Aqui estamos para fazer prova de que não são todos iguais, que exercemos os nossos mandatos com dedicação ao interesse colectivo, que aqui estamos e estaremos para servir o povo e não para nos servirmos do poder.

Aqui estamos afirmando um projecto distintivo. Um projecto que defende o interesse público, que defende a água como bem público e não transformada em negócio, como por aí o PS já tem em mente com os seus projectos de privatização da água.

Um projecto que valoriza os trabalhadores da autarquia, que não deixa os seus direitos por metade, como aqui sucede com a aplicação parcial do suplemento penosidade e insalubridade, não aproveitando todas as possibilidades para dar a maior retribuição possível.

Uma atitude que contrasta com as autarquias da CDU onde esse direito tem a aplicação máxima paga desde janeiro.

Um projecto que faz da participação e da proximidade forma de exercer o poder, assumindo a prestação de contas não só como dever, mas também enquanto direito das populações.

O povo de Aljustrel sabe que, quer no plano local quer no plano nacional, o PS esteve sempre do lado errado, dos poderosos, agrários e outros, do lado do capital intensivo que consome os nossos terrenos e hipoteca a nossa soberania alimentar, do lado da exploração dos trabalhadores, do lado da União Europeia e das suas imposições contra os interesses nacionais, do lado do défice para não dar resposta aos problemas dos trabalhadores e do povo.

Sim, somos, de facto, uma força de intervenção e luta, com um projecto distintivo e alternativo.

Temos soluções par os problemas, temos capacidade de realização, somos diferentes.

Trabalhamos e lutamos para que o povo veja os seus direitos cumpridos e as suas justas reivindicações preenchidas. Sejam as que cabem à Câmara Municipal sejam as que cabe ao Governo responder.

Há por aí algumas vozes muito incomodadas porque a CDU não abdica desta postura de exigir a quem tem responsabilidades e a competência para dar resposta aos problemas.

Ouvimos essas vozes replicadas na comunicação social nestes últimos dois dias. A única forma que encontram para defender o seu projecto de falsa descentralização foi acusar a CDU de apenas exigir e não trabalhar.

A primeira coisa que me ocorre afirmar é que a CDU pede meças em termos de trabalho e obra seja aonde for.

Mas para lá do trabalho reconhecido, que fala por si, os eleitos da CDU não calam a exigência e a reivindicação do que é devido às populações por parte dos governos e da Administração Central.

Sabemos bem que o Governo prefere quem, como os eleitos do PS opte por calar e silenciar os incumprimentos e desleixos do seu Governo.

Não contem com a CDU para isso. Não contem com os eleitos da CDU para se deixarem amordaçar como fazem os do PS para não incomodar o seu Governo com a falta de resposta e incumprimentos que este mantém.

Continuaremos a dar voz aos trabalhadores e às populações por mais que isso os incomode.

Nestes últimos tempos os portugueses puderam verificar quão importante é ter esta força consequente que se congrega na CDU.

Tem sido a sua intervenção e acção, juntamente com a luta dos trabalhadores e das populações que tem permitido nestes tempos difíceis para o nosso povo, conter e minimizar uma degradação maior das condições de vida.

Foi pela acção e intervenção do PCP que foi possível assegurar o pagamento por inteiro dos salários aos trabalhadores em Lay-off desde o princípio do ano;

Garantir a 200 mil pessoas os apoios dirigidos aos trabalhadores independentes e outras pessoas sem proteção social, mas também a mais de 50 mil trabalhadores desempregados que viram o seu subsídio de desemprego prolongado.

Foi pela acção do PCP que cerca de 20.000 crianças ficaram abrangidas pela gratuitidade das creches.

Foi pela acção, intervenção e trabalho do PCP que no presente ano um milhão e novecentos mil pensionistas conseguiram ter aumentos de pensões.

O PCP tem apresentado soluções que, a serem adoptadas, responderiam à dimensão dos problemas nacionais e das desigualdades e injustiças que persistem.

O PS teve toda a oportunidade para encetar uma política alternativa. Não o fez porque são outros os seus compromissos.

Mesmo quando pela intervenção do PCP foi obrigado a dar passos e resposta a alguns problemas, fá-lo contrariado, a arrastar os pés no caminho da solução dos problemas.

Há muitas batalhas a travar para garantir o que o País precisa.

O País precisa de avançar. E mais avançará quanto mais forte for a CDU.

Daqui até às eleições é tempo de esclarecer, mobilizar e convencer.

Vencendo as falsificações do costume, sabendo que não vamos ter as graças da comunicação social.

Mas nestas eleições locais temos uma vantagem imensa.

Podem dizer o que quiserem, mas nada apaga uma realidade:

As pessoas conhecem-nos e sabem o que representamos, sabem que aqui, na CDU, é gente séria, gente empenhada em servir as populações sem nada esperar que não seja a satisfação do dever cumprido.

Sabem que cada hora que dedicamos ao interesse comum é avanço nas condições de vida de todos.

É esta atitude que leva, como aqui se sente em Aljustrel, tantos e tantos eleitores que, tendo outras opções e posicionamentos partidários, confiam no nosso trabalho, apoiam os nossos candidatos, dão força a este projecto de trabalho, honestidade e competência.

Sim, somos força de Abril a construir o futuro.

Um futuro que conta em Aljustrel com a CDU.

Este Abril imenso de significado que este povo de Aljustrel ajudou a ser realidade e que, em 2024, quando comemorarmos os 50 anos desta Revolução, terá a CDU por direito pleno à frente dos destinos desta autarquia.

Em Outubro, no plano local retomaremos, com a vitória da CDU, o caminho e os valores de Abril.

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