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Medidas de emerg?ncia para apoiar os agricultores portugueses face aos preju?zos sofridos devido ?s adversidades
Quarta, 29 Julho 1998

Pelo segundo ano consecutivo os agricultores portugueses enfrentam graves dificuldades devido aos preju?zos sofridos em resultado de anormais oscila??es climat?ricas. J? em 1997, de acordo com as estat?sticas do Eurostat, a quebra de rendimentos dos agricultores portugueses, devido tamb?m e em grande parte aos problemas climat?ricos, situou-se nos 13,3%, a segunda maior da Uni?o Europeia. As pr?prias Contas Econ?micas da Agricultura Portuguesa publicadas pelo INE revelam que o Valor da Produ??o Final Total da agricultura portuguesa (a pre?os constantes) baixou 3,3% entre 1992 e 1997. Cereais e arroz, produtos hort?colas frescos, fruta, vinho e azeite, bem como a produ??o animal, t?m sido os sectores da produ??o mais atingidos. Quanto ? campanha agr?cola de 1998 estima-se, de acordo com c?lculos ainda provis?rios, quebras m?dias de 50% na produ??o vin?cola; de 70% a 90% na fruta, com perdas particularmente graves na p?ra-rocha, na cereja, na ma??, no kiwi, entre outras; de 50% no olival e de 70% nos cereais. Entre Douro e Minho (em particular nos vinhos verdes, no vinho fino e no vinho de mesa); Tr?s-os-Montes e Cova da Beira (com o olival e a cereja); Zonas da Bairrada e do D?o; Oeste (p?ra rocha, ma?? e vinho); Ribatejo (tomate e vinho); Alentejo (olival, cereais e vinho); praticamente n?o h? uma ?nica regi?o agr?ria do Pa?s e um sector da produ??o vegetal que n?o esteja seriamente afectado pelas adversidades climat?ricas ocorridas em 1997/98: oscila??es bruscas de temperatura; quedas anormais de granizo humidades fora de ?poca e chuvas tardias; excessiva plusividade seguida de per?odos anormalmente secos, etc. Para fazer face a estes preju?zos anormais e inesperados o Seguro Agr?cola de Colheitas continua a estar longe de satisfazer as necessidades: constru?do de acordo com a l?gica da actividade seguradora e n?o de acordo com os interesses e a especificidade da actividade agr?cola; caro e, em muitos casos de dif?cil concretiza??o devido ao desinteresse e dificuldades levantadas pelas seguradoras, n?o cobre grande parte dos preju?zos sofridos. Acresce que o Governo se tem recusado a accionar o Fundo de Calamidade cuja dota??o, ali?s, ? mais do que insuficiente e que s? abrange um n?mero muito limitado de agricultores. Entretanto, a linha de cr?dito anunciada pelo Governo, e nas condi??es em que o foi, ? de alcance limitad?ssimo e efic?cia reduzida. Imp?e-se, pois, uma interven??o diferente de urg?ncia, do Governo e da Uni?o Europeia com vista a apoiar a agricultura e os agricultores portugueses nesta emerg?ncia bem como medidas estruturais que tornem a agricultura portuguesa menos dependente dos acidentes climat?ricos. Por isso, os deputados do Grupo Parlamentar do PCP, tendo em conta o exposto, apresentam o seguinte Projecto de Resolu??o em defesa de medidas de emergencia para apoiar os agricultores portugueses. A Assembleia da Rep?blica, face aos preju?zos sofridos pelos agricultores portugueses nos anos agr?colas de 97/98 devido ? ocorr?ncia de fen?menos climat?ricos de car?cter excepcional a) Manifesta a sua solidariedade com os agricultores portugueses; b) Defende a necessidade do Governo, em articula??o com as estruturas representativas dos agricultores, efectuar um levantamento urgente dos preju?zos verificados; c) Pronuncia-se a favor do accionamento do Fundo de Calamidades e do substancial refor?o das suas dota??es; d) Entende ser necess?rio, nos termos do n? 11 do Capitulo II (Fundo de Calamidades) do regulamento do SIPAC (portaria n? 430/97 de 1 de Julho), prever a necessidade de uma interven??o excepcional do Estado com a consequente disponibiliza??o de meios financeiros para al?m do Fundo de Calamidades; e) Exorta o Governo a solicitar o apoio extraordin?rio da Uni?o Europeia designadamente com vista ? cria??o de condi??es para o relan?amento da actividade; f) Reconhece a necessidade de ser revisto o sistema do Seguro Agr?cola de Colheitas adequando-o ?s necessidades da agricultura e ? especificidade dos nossos sistemas culturais; g) Defende a adop??o de medidas de apoio dirigidas aos trabalhadores agr?colas, permanentes ou sazonais, cuja situa??o laboral seja afectada pela situa??o decorrente dos acidentes climat?ricos.

 

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