Partido Comunista Português
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PCP no Campo Pequeno

Artigos do jornal Avante! sobre Congresso do PCP
Organização Regional de Évora do PCP - Intervenção de Vasco Lino
Domingo, 30 Novembro 2008
vasco_lino.jpgNo distrito de Évora nos últimos anos temos assistido ao retrocesso das condições de vida das suas gentes.

O encerramento de empresas, o aumento do desemprego, o desinvestimento público, a destruição de serviços públicos, aumentam as assimetrias e o envelhecimento da população são realidades no Distrito.

 

 

 


Intervenção de  Vasco Lino
Membro do Secretariado da Direcção da Organização Regional de Évora do PCP

 


No distrito de Évora nos últimos anos temos assistido ao retrocesso das condições de vida das suas gentes.

O encerramento de empresas, o aumento do desemprego, o desinvestimento público, a destruição de serviços públicos, aumentam as assimetrias e o envelhecimento da população são realidades no Distrito.

 Além da ofensiva global a que têm sido sujeitos, assistimos ao encerramento de empresas como a LEE, que colocou no desemprego mais de 70 trabalhadores, na Tyco com o despedimento de 80 trabalhadores um dia após ter recebido 23 milhões do Governo para criação de 5 postos de trabalho, os despedimentos nos Parques Industriais de Vendas Novas, Montemor e Arraiolos e o desaparecimento de 2500 postos de trabalho no sector dos Mármores nos últimos 10 anos.

O ataque aos serviços públicos tem sido forte, igualmente forte a reposta das populações, travando muitas das intenções de encerramento de urgências, escolas, redução de meios e outros. Foi a luta das populações que travou processos e que continuam a lutar pelo direito à saúde ou ensino, como são os exemplos da luta das populações de Vendas Novas, Montemor-o-Novo, Viana do Alentejo, Veiros, Arraiolos, onde os militantes comunistas e a organização do PCP tiveram um papel determinante.

O Partido Socialista e alguns dos seus eleitos no Poder Local, tem protagonizado no Distrito de Évora a mais vil campanha anti-comunista contra o PCP e contra as estruturas associativas, como são o exemplo no Turismo e na AMDE, chegando ao cumulo por interesses partidários de quererem obrigarem o Concelho de Mora ir para a NUT III Distrito de Portalegre. Contra esta politica de revanchismo tem os eleitos da CDU e os comunistas respondido com a luta e com trabalho, é ilustrativo desse trabalho as dezenas de propostas apresentadas pelo PCP na AR e quase sempre rejeitadas pelo PS.


No Distrito de Évora continua-se também a travar uma dura batalha pela água pública em que o PCP e os eleitos da CDU têm resistido e lutado para que este bem não se transforme num negócio como o Governo já transformou em muitas regiões do país.

O não investimento público é outro factor determinante para as dificuldades no Distrito, nos últimos 3 anos houve uma quebra do investimento através do PIDDAC de 52,8% e para 2009 está já previsto uma redução de 21% (15 milhões de €). Exemplo disso é o novo Hospital Regional de Évora que sofreu um forte corte orçamental, comprometendo em muito a sua necessária construção.  

A par das desigualdades, dificuldades e ofensiva, a organização do Partido no Distrito tem-se reforçado. Nos últimos 4 anos recrutaram-se 318 novos militantes e destes 148 têm menos de 35 anos. A formação ideológica tem sido também uma tarefa levada em conta na organização regional e nas organizações concelhias. A actualização do ficheiro, entrega de cartões e responsabilização de quadros são aspectos fundamentais para o reforço da organização e para a ligação aos militantes e ao desenvolvimento das muitas tarefas.

Outro aspecto ao qual se tem procurado reforçar e aprofundar a discussão é o aumento da capacidade financeira do Partido, o aumento e regularização da quotização, a contribuição dos eleitos e a constante preocupação dos fundos na discussão das organizações.

Na organização dos militantes por local de trabalho deram-se alguns passos com o aumento de mais 155 militantes no ano de 2008 organizados no seu local de trabalho apesar de complexa é uma tarefa prioritária para o nosso Partido, um partido revolucionário, da classe operária e de todos os trabalhadores. É lá, nos locais de trabalho que se acentua a luta de classes, é a partir de lá que o Partido tem de reforçar a sua organização e a sua intervenção.

Camaradas,

Estamos no XVIII Congresso do PCP, congresso que não são estes 3 dias, é e foi um Congresso que se construiu com os seus militantes e numa estreita relação com a vida, a luta dos trabalhadores e das populações. Um Congresso que levou a organização a uma ampla e viva discussão no seu processo, com muitos contributos que enriquecem a análise e a orientação.

Na Organização Regional de Évora realizaram-se 93 reuniões de discussão das teses, sessões temáticas, assembleias de organização onde participaram 1050 militantes e eleitos 77 delegados.
Armados com as conclusões do XVIII Congresso, partimos para a acção em melhores condições para o êxito das tarefas politicas de 2009: o reforço do Partido, a intensificação da luta de massas e os três actos eleitorais.


O nosso Partido sairá certamente mais reforçado deste Congresso. Estamos certos que é com o reforço da organização, com o desenvolvimento da intervenção da luta e dos trabalhadores que conseguiremos reforçar a luta por uma alternativa de esquerda. Estamos certos que as nossas teses são um forte contributo para uma política alternativa e ela não existirá sem o reforço do PCP e sem o PCP na alternativa política. O ano que se avizinha é de grandes exigências para o colectivo partidário, para o qual precisamos de um PCP mais forte.