Partido Comunista Portugu�s
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Petição nº 24/VIII do Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação no sentido
Intervenção de Luísa Mesquita
Sexta, 09 Janeiro 2004

Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados,

Esta petição apresentada pelo Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação solicita que sejam tomadas medidas necessárias com o objectivo de corrigir injustiças e anomalias que se reflictam no exercício de funções de cerca de uma centena de técnicos de acção social escolar e que outrora exerceram funções docentes.

No ano lectivo de 1976/1977, preenchidas as vagas do sistema educativo com docentes profissionalizados e detentores de habilitação própria, aos professores que estavam vinculados ao Ministério da Educação e que ficaram sem actividade lectiva, foram-lhes propostas funções técnicas, nomeadamente na área da Acção Social Escolar.

A verdade é que, o alargamento da obrigatoriedade da escolaridade e a consagração constitucional do direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolares determinou a necessidade da existência nas escolas de um serviço da Acção Social Escolar com alguma autonomia, quer relativamente ao sector administrativo, quer relativamente ao corpo docente.

Posteriormente o decreto-lei nº 344 de 1982 criou o quadro técnico de Acção Social Escolar para os estabelecimentos dos ensinos preparatório, secundário e ainda para as escolas do Magistério Primário e de Educadores de Infância.

Este diploma consagrava a existência de uma carreira mas o articulado que a sustentava nunca foi concretizado.

Em Janeiro de 2001, após a recepção desta petição e através da Comissão de Educação Ciência e Cultura o Ministério da Educação informava que, “Já se encontra elaborado o projecto de diploma que visa reposicionar, em lugares de carreira técnico-profissional de Acção Social Escolar, os técnicos profissionais de Acção Social Escolar” ao abrigo o referido decreto de 1982.

Em Janeiro de 2004 a situação é a mesma. Estes técnicos, com mais de 25 anos de serviço prestado, continuam sem ter direito a uma carreira e sem ter acesso a acções de formação que permitam melhorar e adequar a sua prestação às inúmeras alterações de que tem sido alvo o sistema educativo.

São indispensáveis ao funcionamento das escolas e simultaneamente ignorados. Só assim se justifica que o diploma pronto em Janeiro de 2001 se tenha perdido até hoje 9 de Janeiro de 2004.

A nossa proposta é que o governo retome esta matéria, negociada em 2001 com os interessados, e concretize as medidas administrativas e legislativas necessárias à resolução de todas as anomalias.