Inicio
Intervenções e Artigos
Posições Políticas sobre IVG
PCP na AR sobre IVG
Tempos de Antena do PCP
Fotos da Campanha
Apelo do Comité Central do PCP
Questões Legais sobre Referendo
 Folheto IVG -2ª Fase
Folheto em PDF
Depoimentos em video



Início arrow Posições Políticas sobre IVG
Acto P?blico de Apresenta??o
Declara??o de Carlos Carvalhas
Terça, 23 Fevereiro 1999
Em nome do PCP queria saudar todos os presentes e saudar muito especialmente todos os que connosco d?o corpo a este espa?o provado de liberdade e democracia que ? de facto a CDU ? o Partido Ecologista "Os Verdes", a Interven??o Democr?tica e os in?meros independentes que nesta coliga??o, lutam e participam com a sua voz pr?pria enriquecendo com as suas experi?ncias, os seus pontos de vista e as suas energias a nossa luta comum para uma viragem ? esquerda na pol?tica nacional.Os portugueses e as portuguesas n?o est?o limitados entre terem de escolher entre duas pol?ticas, que nas suas quest?es fundamentais e mais essenciais n?o s? n?o se distinguem como assentam nos dogmas neoliberais.H? outra op??o. A de uma for?a que honra os seus compromissos e que apresenta uma pol?tica alternativa assente nos valores da esquerda.? por isso que apresentando propostas e solu??es concretas tamb?m daremos combate a todas as mistifica??es, encena??es e jogos de espelhos com que se pretende escamotear o que est? em causa nas duas elei??es deste ano.Daremos combate ? politiquice e procuraremos que os problemas que afectam a nossa sociedade estejam no primeiro plano das nossas preocupa??es e da nossa interven??o.Contra esta m? opereta todos os dias montada pelo PS, PSD e PP e que desqualifica a ac??o pol?tica e entorpece a cidadania, contra essa zoada de palavras vazias e sem contacto com a realidade, imp?e-se o regresso aos problemas reais e fundamentais do nosso pa?s, uma forte sensibilidade e aten??o ao que mais toca e afecta a vida dos portugueses, uma acrescida capacidade de indigna??o face ao que est? mal e ? injusto ou intoler?vel. Imp?em-se propostas s?rias para uma nova pol?tica que, como ? mais necess?rio do que nunca, respeite e valorize quem trabalha, enfrente as causas e ra?zes dos problemas v?rios em vez de se limitar a distribuir umas aspirinas e esmolas e combata as desigualdades na distribui??o da riqueza nacional.Contra o culto exacerbado das diferen?as de estilo como forma de esconder as semelhan?as de pol?tica, imp?e-se a reafirma??o clara e persistente de que mudan?as de estilo pode ter havido, mas n?o tantas como se diz, como bem se v? em tantas e tantas ressurrei??es dos tiques e truques do cavaquismo, seja na propaganda da chamada "estabilidade" e nas ambi??es de maiorias absolutas, seja nas orquestra??es e encena??es propagand?sticas, seja no inauguracionismo e na pol?tica de cheque do Estado numa m?o e apelo ao voto noutra, seja numa ocupa??o t?o tentacular do aparelho de Estado que bem j? pode proclamar-se no Congresso do PS que a frase "jobs for the boys" deve ser enterrada, uma vez que aquilo que j? foi garantido n?o mais precisa de ser reclamado.Contra as manobras anestesiantes e a rasura da mem?ria, imp?e-se a lembran?a forte e activa desse dado fundamental, testemunhado em tantas decis?es, acordos, converg?ncias, de uma legislatura marcada pelo grande consenso entre o PS, PSD e PP nas op??es fundamentais da pol?tica de direita.Contra as opera??es de cosm?tica discursiva tendentes a dar ? pol?tica do governo PS um verniz social, imp?e-se a recapitula??o firme e corajosa de que ? na vig?ncia de um governo do PS e debaixo da protec??o da etiqueta "socialista" que o capital financeiro colhe das maiores vantagens e benef?cios desta d?cada e em que o supremo negocismo e a mais escandalosa satisfa??o de restritos interesses privados ? custa de dinheiros p?blicos igualam ou superam as do per?odo de 91 a 95.Contra a valsa ensaiada de um falso conflito e de uma imagin?ria batalha de vida ou de morte entre a AD e o PS, imp?e-se insist?ncia forte e clara de que os portugueses e as portuguesas n?o se devem deixar aprisionar no falso dilema de escolher entre estes "advers?rios" que, quando n?o h? elei??es, logo regressam ? sua amizade de sempre; de que os portugueses e as portuguesas s? t?m a ganhar em dar for?a e mais apoio aos que, como n?s, lutam por uma alternativa a esta triste altern?ncia ou sucess?o entre partidos patrocinadores da mesma pol?tica de que os portugueses s? t?m a ganhar dando mais votos ? CDU, dando mais votos ? esquerda que resiste, constr?i e prop?e, ? esquerda que diz o que faz e faz o que diz, ? esquerda que tem a base de apoio social, a interven??o real na sociedade e nas institui??es, a presen?a nas lutas do dia a dia de que podem pesar para a viragem ? esquerda que faz falta na vida nacional.Sabemos as dificuldades que vamos ter de enfrentar como castigo por n?o estarmos dispostos a entrar no redil da pol?tica de direita, por prezarmos a diferen?a que representamos na vida pol?tica nacional, por n?o nos vendermos ? ditadura das falsas "inevitabilidades", aos dogmas dos "mercados" todos poderosos e do neoliberalismo, por n?o mercadejarmos convic??es e valores, por continuarmos a acreditar e a ter esperan?a na capacidade criadora dos povos para forjarem novos caminhos e rasgarem novos horizontes para a emancipa??o humana.Sabemos e estamos preparados. E por isso partimos para as elei??es deste ano, com tr?s grandes convic??es:? a convic??o de que depende muito do nosso trabalho, da nossa determina??o e do nosso esfor?o a conquista de um ?xito eleitoral para a CDU;? a convic??o de que um maior n?mero de portugueses e portuguesas, se quiserem ser justos, ter?o s?lidas raz?es para dar o seu apoio ? CDU, seja como protesto ?til contra a pol?tica que lhe causa desgosto ou insatisfa??o, seja como apoio eficaz ? constru??o de uma nova pol?tica;? a convic??o, melhor dizendo, neste caso a certeza, de que nenhum resultado eleitoral est? antecipadamente decidido, que est? nas m?os dos portugueses e das portuguesas darem, com o refor?o da CDU, um sinal forte de uma opini?o, de uma vontade e de uma reclama??o para uma efectiva viragem ? esquerda.Neste acto de formaliza??o da CDU queremos tamb?m apresentar os cinco primeiros nomes da lista ao Parlamento Europeu que ter? na sua composi??o uma muito elevada participa??o feminina.O PCP comprometeu-se publicamente a dar esse sinal inequ?voco para o qual vem desde h? muito preparando trabalho e como tem vindo a dar testemunho com uma presen?a crescente de mulheres nas suas listas eleitorais. Queremos nestas elei??es que essa marca seja ainda mais vis?vel e estamos a desenvolver esfor?os nesse sentido.Mas antes de anunciar publicamente os cinco primeiros candidatos gostaria ainda de deixar dois sublinhados.O primeiro, ? que sem deixar de dar relevo a cada candidato individualmente considerado e nomeadamente, ao cabe?a de lista, a CDU continua a considerar como valor primeiro, o trabalho de equipe, mutuamente enriquecedor, o que s? ? poss?vel entre quem comunga dos mesmos ideais, entre quem entende esta candidatura n?o como uma disputa de lugares, mas como um colectivo fraterno que se entreajuda para melhor defender os interesses nacionais e um novo rumo para a constru??o europeia.O segundo, ? que a composi??o desta lista assenta numa grande experi?ncia, com candidatos como os actuais deputados ao Parlamento Europeu, que t?m atr?s de si uma valorizada interven??o, que gozam de um justo prest?gio e que s?o uma garantia de um trabalho s?rio empenhado e qualificado e em que o primeiro nome da lista ? uma cidad? que ao longo da sua vida tem tido uma grande interven??o sindical, c?vica e pol?tica, com uma experi?ncia muito diversificada e com in?meras provas dadas e que h? muito acompanha as quest?es europeias.Foi tendo por refer?ncia o quadro destes valores e estas preocupa??es que a CDU apresenta hoje Ilda Figueiredo, Joaquim Miranda, S?rgio Ribeiro, Manuela Cunha (pelo PEV) e Hon?rio Novo como os cinco primeiros candidatos da sua lista ao Parlamento Europeu.E ? tamb?m com grande orgulho e contentamento que anunciamos que o nosso camarada Jos? Saramago figurar? no d?cimo lugar desta lista.A estes nomes seguir-se-?o outros profundamente ligados ao mundo sindical e do trabalho, ?s actividades produtivas e grandes vultos da vida cultural do pa?s.? uma lista que constitui uma garantia segura de um trabalho qualificado e profundamente empenhado no Parlamento Europeu, uma garantia segura de que no Parlamento Europeu a CDU conjuntamente com outras for?as comunistas, progressistas e ecologistas, que assinaram o "Apelo Comum por um novo rumo da constru??o europeia" continuar? a ser a que melhor defende um Portugal de progresso e justi?a numa Europa de di?logo de culturas, de "coes?o econ?mica e social", paz e coopera??o.
 

Jornal «Avante!»
«O Militante»
Edições «Avante!»
Comunic, a rádio do PCP na Internet