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Desvalorização das indústrias têxteis e de vestuário - Resposta a Pergunta escrita de Ilda Figueiredo no PE |
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Quinta, 28 Junho 2007 |
A actual revisão dos instrumentos de defesa comercial (IDC) não coloca
em causa a sua existência ou utilização. O objectivo deste exercício
não é enfraquecer ou reforçar as actuais regras de IDC mas torná las
mais claras, mais transparentes e mais coerentes.
O Livro Verde reconheces bastas vezes a necessidade de contrariar a
concorrência desleal dos operadores dos países terceiros. Esta vontade
de combater a concorrência desleal aplica se a todos os sectores em que
os IDC se podem utilizar, incluindo a indústria têxtil e de vestuário.
A importância que a Comissão atribui à protecção da indústria têxtil e
de vestuário contra as importações desleais de produtos têxteis é
igualmente evidenciada pela utilização de IDC no passado e pelas
investigações actualmente em curso (por exemplo, no caso dos filamentos
para vestuário, como certos poliésteres acabados).
Além disso, não é necessário relembrar que, se uma parte representativa
da indústria decidir apresentar queixa por anti dumping ou anti
subvenções, a Comissão analisará os factos e tomará as medidas
apropriadas se os critérios jurídicos pertinentes estiverem
preenchidos. Também em relação a este aspecto, a indústria têxtil e de
vestuário encontra se na mesma posição que qualquer outra indústria da
UE.
A Comissão conhece os desafios que o sector tem enfrentado e acompanha
de perto os acontecimentos no sector, em colaboração com a Euratex
(Organização Europeia do Vestuário e dos Têxteis). A Comissão gastaria
de chamar a atenção para a Comunicação adoptada em 13 de Outubro de
2004, intitulada «O sector dos têxteis e do vestuário após 2005 -
Recomendações do Grupo de Alto Nível para os têxteis e o vestuário(1)»,
onde se baseia no trabalho conduzido pelo Grupo de Alto Nível e propõe
um conjunto de medidas concretas a realizar a nível regional, nacional
e europeu para melhorar a competitividade da indústria têxtil europeia,
num contexto equitativo de abolição dos contingentes. Embora o Grupo de
alto Nível sobre têxteis e vestuário terminasse o seu trabalho em
Setembro de 2006, a Comissão continua a aplicar as recomendações do
Grupo às acções da UE, tal como referido no último relatório do grupo
emitido em 2006.
A Comissão dá o seu total apoio aos parceiros sociais do sector têxtil
que se encontram regularmente no Comité de diálogo social sectorial
europeu sobre têxteis e vestuário. A reestruturação da indústria têxtil
e a sua adaptação às mudanças, que são elementos essenciais do programa
de trabalho dos parceiros sociais e da Direcção Geral Emprego, Assuntos
Sociais e Igualdade de Oportunidades, recentemente geraram
financiamento para um projecto de reestruturação implementado pelos
parceiros sociais europeus.
Além disso, o FSE faculta bastantes possibilidades de financiamento de
programas relacionados com a adaptabilidade dos trabalhadores e as
empresas e outros aspectos relacionados com a reestruturação da
indústria e o emprego a nível nacional, de acordo com o QREN e os
programas operacionais de cada Estado Membro.
Por fim, o Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização é um instrumento
novo de apoio aos trabalhadores tornados excedentários na sequência de
perturbações económicas graves, nomeadamente em caso de aumento
substancial das importações para a UE, ou rápido declínio da parte do
mercado europeu num sector ou numa relocalização da produção nos países
terceiros.
(1) COM(2004) 668 final.
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