25 de Abril
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Exposição - 30 anos - 25 de Abril
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"‘Authorities’" - Ruben de Carvalho no "Diário de Notícias"
Sábado, 27 Março 2004

Ao que parece, o ministro Morais Sarmento é contagioso. É a única explicação para que António Costa Pinto (a crer na Internet «one of Portugal’s leading authorities on contemporary portuguese history»), que o barrosismo nomeou para dirigir as comemorações dos 30 anos do 25 de Abril, venha coralmente afirmar que «o 25 de Abril é património comum a todos na sociedade, independente das ideologias políticas». É bom saber o que pensam as leading authorities on contemporary portuguese history. Para elas «independentemente das ideologias políticas», o 25 de Abril é património dos assassinos do padre Max. Dos profissionais da tortura que dispararam há 30 anos das janelas da António Maria Cardoso. Do cónego Melo e dos assaltos e assassínios de 1975.

Na verdade, porque os antifascistas e os democratas têm a dimensão humana e política que os seus inimigos jamais tiveram, ou terão, o 25 de Abril é já há três décadas um património de Portugal. Mas não o é «independentemente das ideologias políticas»: é-o precisamente pelo contrário. Porque são bem diferentes as dos que esmagaram a liberdade ou cobardemente a abandonaram antes e depois de Abril e as de quantos por ela lutaram, a construíram e defenderam. Antes e depois de Abril.