Partido Comunista Portugu�s
  • Narrow screen resolution
  • Wide screen resolution
  • Auto width resolution
  • Increase font size
  • Decrease font size
  • Default font size
  • default color
  • red color
  • green color
�
�

Resolução sobre o Acordo TRIPS e o acesso aos medicamentos - Declaração de voto de Pedro Guerreiro no PE
Quinta, 12 Julho 2007
Após a Declaração de Doha, a aplicação do mecanismo destinado a dar acesso aos medicamentos foi um fracasso, tendo sobretudo servido como álibi para incluir os países menos desenvolvidos, sobretudo de África, numa agenda negocial de liberalização do comércio mundial.

Os grandes monopólios farmacêuticos não estão dispostos a perder os fabulosos lucros decorrentes das patentes e do volumoso "negócio" da saúde.

Privam-se, assim, do direito à vida e à saúde milhões de seres humanos. Orienta-se a investigação da cura para o "paliativo", pois a doença continuada é mais rentável. O capitalismo mercantiliza a vida.

O Banco Mundial e o FMI condicionam empréstimos/ajudas à privatização e liberalização dos sectores nacionais de saúde, cada vez mais na mão dos grandes operadores multinacionais.

A saúde não pode estar sobre a alçada da OMC, do primado da concorrência e do comércio.

O direito de cada país a garantir o direito à saúde deve ser assegurado.

O sector público tem um papel insubstituível na garantia deste direito, nomeadamente na prestação dos cuidados de saúde preventivos e primários e no fomento da investigação em benefício de todos, mas, igualmente, produzindo medicamentos e vacinas sem os constrangimentos de patentes e outras formas de licenciamento que coíbam o acesso de bens essenciais aos povos.