Partido Comunista Portugu�s
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Eficiência e equidade nos sistemas de educação e formação europeus - Intervenção de Ilda Figueiredo
Quarta, 26 Setembro 2007
Uma das áreas da educação que continua muito deficitária em alguns países da União Europeia, designadamente em Portugal, é a educação pré-escolar. Por isso, parece-me importante sublinhar o apelo aos Estados - Membros para que reforcem fortemente o investimento numa rede pública de jardins de infância, dotada de educadores com formação de qualidade, capaz de abranger a generalidade das crianças, o que constitui um dos instrumentos mais eficazes para desenvolver  as suas capacidades intelectuais, lançar as bases dos níveis seguintes de ensino, aumentar o nível geral de competências, melhorar significativamente a equidade do sistema educativo e combater as desigualdades sociais.

De igual forma, é importante apostar na qualidade do ensino público básico e secundário, o qual deve ser universal, obrigatório e gratuito, com o objectivo de proporcionar a educação de base e as competências fundamentais, contribuindo para a realização de valores sociais e cívicos solidários, de educação para a paz e para a igualdade, reforçando a coesão social.

Quanto ao ensino superior, importa reconhecer que é um sector fundamental das economias e das sociedades desenvolvidas, pelo que se impõe combater o insucesso e o abandono escolar precoces, como ainda acontece em Portugal, onde, lamentavelmente, cerca de 40% dos alunos nem sequer acaba o ensino secundário. Os cortes orçamentais na educação pública, os custos cada vez mais elevados do ensino superior e a situação social difícil de uma percentagem elevada de famílias e jovens, impedem que Portugal melhore rapidamente a formação superior da sua população, mantendo os piores índices da União Europeia.

Ora, sabendo-se que há estudos a considerar que por cada ano suplementar de frequência escolar média, a produtividade aumenta selectivamente 6,2% num país médio da União Europeia, pode-se entender melhor as dificuldades dos países que não asseguram uma educação pública de elevada qualidade à sua população.