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Composição da Parlamento Europeu - Declaração escrita de Ilda Figueiredo no PE |
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Quarta, 10 Outubro 2007 |
Esta proposta insere-se na linha da dita constituição europeia que
pretendem retomar na Cimeira de Lisboa, em torno de um novo tratado,
mais uma vez apostando nas pressões e ameaças que já vivemos antes da
sua rejeição pelos povos da França e da Holanda, em 2005.
Em vez da defesa do princípio de Estados soberanos e iguais em
direitos, o que exigiria, no mínimo, a tão apregoada solidariedade por
parte dos países mais populosos, respeitando equilíbrios nos vários
órgãos institucionais (Conselho, Comissão e Parlamento Europeu),
apostam na definição de limites mínimos e máximos e na
proporcionalidade degressiva com base na população, subalternizando os
países em função da sua população e empobrecendo cada vez mais a
representatividade democrática. Nem sequer respeitam o deficiente
equilíbrio existente antes do Tratado de Nice.
Assim, por exemplo, Portugal perde dois deputados, ficando apenas com
22, enquanto a Espanha ganha quatro, sendo certo que a Alemanha perde
três, mas fica com 96, a que se junta a França com 74, Reino Unido com
73, Itália com 72, Espanha com 55 e Polónia com 51. As seis potências
da União Europeia, garantem, sozinhas, 420 deputados, valor muito
superior à maioria de um Parlamento Europeu com 750 deputados que
representam 27 Estados-Membros.
Daí o nosso voto contra.
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