Partido Comunista Português
Organização Comum de Mercados vitivinícola - Declaração de voto de Ilda Figueiredo no PE
Quinta, 15 Fevereiro 2007
Lamentamos que tenham sido rejeitadas as várias propostas de alteração que apresentámos. Daí o nosso voto contra o relatório final, apesar de concordarmos com várias das propostas da relatora, que votámos favoravelmente
Mas rejeitamos que a principal medida proposta na comunicação da Comissão Europeia para a regulação da oferta e da procura no sector vinícola seja o arranque de 400.000 ha de vinha, a redução da produção e, consequentemente, do emprego envolvido, acentuando ainda mais a desertificação de vastas zonas, como já acontece em Portugal, em benefício da concentração em grandes produtores e nas mãos das grandes empresas do vinho e do álcool.
São medidas que perspectivam a redução do vinhedo na União Europeia, afectando principalmente as regiões menos desenvolvidas, as explorações familiares e os agricultores com mais baixos rendimentos, mostrando-se ineficaz em relação ao aumento das importações e à redução do papel da viticultura nos diferentes países da União Europeia.
Iremos continuar a defender as propostas apresentadas e daremos combate à proposta de liberalização da Comissão Europeia, defendendo uma outra reforma da OCM do Vinho que privilegie uma vitivinicultura durável, as suas características tradicionais, a pequena e média agricultura e a agricultura familiar, o seu papel social, cultural e o seu importante contributo para o desenvolvimento regional e nacional.