Partido Comunista Portugu�s
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Relatório anual 2006 relativo à zona do Euro - Declaração de voto de Ilda Figueiredo no PE
Terça, 14 Novembro 2006
Relatório García-Margallo y Marfil - relatório anual 2006 relativo à zona do Euro

Sabemos que a criação do euro foi uma decisão política que não teve em conta as necessidades específicas dos membros da zona euro, como bem o demonstram os diferenciais, relativamente a 2005, dos países membros da zona Euro ao nível do crescimento económico, taxas de desemprego e taxas de inflação.
Sempre afirmámos que, com uma política monetária única, com os condicionalismos decorrentes do Pacto de Estabilidade ao nível orçamental, seriam os trabalhadores a pagar os problemas da adesão ao euro, para servir os interesses dos grupos económicos e financeiros. O relatório em apreço torna isto bem claro, ao referir que "os mercados de trabalho devem ser mais flexibilizados e que devem ser suprimidos os aspectos da legislação relativa ao emprego permanente que podem dificultar o ajustamento no mercado de trabalho", ou seja, insiste em liberalizar o despedimentos e os contratos a prazo. Solicita, igualmente, "que os salários respondam mais rapidamente à mudança das circunstância económicas", ou seja, que sejam reduzidos de acordo com o ciclo. Não pode haver mais clareza nas intenções.
Mas não satisfeito com isto, o relator defende ainda a liberalização dos serviços e da energia, a aplicação estrita do Pacto de Estabilidade, o cumprimento da agenda de Lisboa, ou seja, a cartilha do consenso liberal europeu.
Daí o nosso voto contra.