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A
Comissão gostaria de assegurar à Senhora Deputada que partilha a
sua opinião sobre a importância da epilepsia e do respectivo
impacto social nos cidadãos europeus que dela sofrem.
A
este respeito, vale a pena notar que as acções privadas como EUcare
(coordenação da acção e da investigação europeias em
epilepsia)1,
uma iniciativa conjunta do Gabinete Internacional para a Epilepsia e
da Liga Internacional contra a Epilepsia, deram mais visibilidade a
esta doença em toda a Europa graças à realização de iniciativas
educativas e políticas. A EUcare tem como objectivo desenvolver
estratégias para melhor compreender a epilepsia e, sobretudo, para
aliviar as suas consequências sociais; promover o intercâmbio de
conhecimentos entre todas as disciplinas intervenientes nos cuidados
a prestar aos pacientes; apoiar a investigação relativa à
evolução, ao diagnóstico e à gestão das crises de epilepsia; e
considerar a epilepsia uma prioridade de saúde pública dos Governos
e das autoridades de saúde. O principal eixo futuro desta acção
será um estudo de observação dos impactos, farmacológicos e em
termos de estilos de vida, da epilepsia recentemente diagnosticada em
diferentes países europeus.
Além
disso, a fim de recolher informação sobre os recursos disponíveis
para o tratamento da doença em países diferentes, o programa da OMS
(Organização Mundial de Saúde) sobre doenças neurológicas e
neurociência lançou um atlas relativo ao tratamento da epilepsia em
todo o mundo (Epilepsy Care in the
World)2,
em 2005. Este atlas reflecte um esforço de colaboração único
entre a OMS e as duas principais organizações não governamentais
activas neste domínio. Os resultados obtidos pela análise do que os
países dedicam ao combate à epilepsia confirmam que os recursos
disponíveis no mundo são insuficientes, em comparação com o
número de pacientes que necessitam de cuidados e com o pesado
estigma que, como sabemos, se encontra associado à doença. Além
disso, são muitas as clivagens existentes, não só ao nível
mundial como na EU27, entre as regiões e os países com diferentes
níveis de vida, regra geral sendo os de menores rendimentos que
dedicam os recursos mais exíguos ao combate à doença.
No
que respeita às medidas do programa de saúde para 2003-2008, a
Comissão continuou a dar prioridade às propostas que apoiam acções
nos domínios do conhecimento, das estimativas da prevalência e dos
factores de risco, nos sucessivos planos de trabalho de 2005, 2006 e
20073.
Infelizmente, neste âmbito, a Comissão não recebeu quaisquer
propostas para este grupo de doenças.
No
que se refere às etapas necessárias para se alcançar a integração
dos pacientes de epilepsia, o sexto programa-quadro para a
investigação e o desenvolvimento tecnológico (2002-2006) da
Comissão financiou um projecto de investigação no valor de 10
milhões de euros, designado Epicure, com o objectivo de melhorar a
nossa compreensão da epilepsia e encontrar novas terapias para a
doença. O Gabinete Internacional para a Epilepsia participa neste
estudo e garante a difusão rápida junto do grande público de
qualquer informação útil que decorra do projecto.
1
http://www.eucare.org/.
2
http://www.who.int/mental_health/neurology/Epilepsy_atlas_r1.pdf.
3
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/site/en/oj/2007/l_046/l_04620070216en00270044.pdf.
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