Pela módica quantia de 40 milhões de contos, o Chelsea, clube da primeira divisão de futebol britânica, prepara-se para mudar de dono.

O seu actual proprietário, Ken Bates, irá arrecadar uns 8 milhões, o resto são compras de outras posições e a responsabilidade pelo passivo que anda por 23 milhões.

De onde brotou o argentário suficientemente abonado para salvar da bancarrota a futebolística e britânica agremiação?

Ora saibam todos que se trata de um russo. Um daqueles senhores que há uma década protagonizaram frases encomiásticas dos comentadores nacionais pelas bondades inúmeras que iam assegurar à economia soviética, em concreto um tal Roman Abramovich. O sr. Abramovich não é propriamente uma figura recomendável, com sombrias crónicas que o ligam às empreendedoras mafias russas, às negociatas do petróleo e do gás natural, a uns quantos assassínios expeditos.

O sr. Abramovich tem ainda negócios com um ex-dirigente do Komsomol, ex-membro do Governo russo em 90, proprietário do banco Menatep e um dos homens mais ricos da Rússia, o sr. Khodorkowsky, cujo braço-direito, Platon Lebedev, foi preso anteontem em Moscovo.

Sabendo-se o estado comatoso dos cofres futebolísticos nacionais, é um bocado inquietante...