Estamos muito
felizes por transmitir a mensagem combativa e calorosa do PC da
Grécia ao XV Congresso
Estamos convictos que o vosso Congresso, tal como as
manifestações comemorativas do 75º Aniversário do PCP darão
um novo impulso à acção patriótica, democrática e
internacionalista do vosso Partido.
É com uma muito particular estima que os comunistas da
Grécia seguem de perto as numerosas acções do vosso Partido na
defesa dos interesses dos trabalhadores perante os ataques da
U.E. e das multinacionais, pelo reforço da frente contra a U.E.
e a OTAN bem como ainda pela democracia e solidariedade
anti-imperialista.
Apreciamos o contributo do PCP na luta contra o anticomunismo,
contra as tendências derrotistas, contra a desorganização e
submissão do movimento operário aos planos de colaboração
entre as classes.
Desta Tribuna queremos saudar muito especialmente, as grandes
lutas no vosso país e nos outros países da U.E. Estas
mobilizações realçam aquilo que é novo e portador de
esperança e que neste momento está a nascer na Europa.
Testemunham a profundidade das políticas e das concepções
radicalmente diferentes entre os trabalhadores e a política da
U.E., como tivemos ocasião de constatar pelo grande sucesso da
greve nacional operária na Grécia, nas mobilizações, sem
precedentes, por uma participação massiva; a intensidade e a
combatividade das mobilizações das camadas médias e dos
estudantes à oposição a Maastricht e à política da U.E.
tornam-se cada vez mais fortes. A luta comum da classe operária,
dos agricultores, das camadas médias e dos jovens também se
intensifica.
Estimamos que a resistência à União Europeia e à UEM, aos
planos assassinos da OTAN e às suas armas nucleares, à
erradicação da Segurança Social, da Saúde Pública e da
Educação, é cada vez maior.
Estas lutas constituem o referendo dos trabalhadores e dos
povos. São o NÃO às disposições ainda mais reaccionárias
que as multinacionais e os governos neo-conservadores e
social-democratas tentam desenvolver.
São o resultado da oposição constante e resoluta dos
comunistas às decisões de Maastricht, da sua perseverança na
coordenação das acções e iniciativas, como foi o caso do
Encontro de Paris.
Estamos convencidos que o Encontro de Lisboa, em Maio, contra
a política reaccionária da flexibilidade das relações de
trabalho e o Livro Branco, constituirá uma nova etapa decisiva.
A extensão das resistências populares, mas ao mesmo tempo a
intensidade da agressão do capital e das forças reaccionárias
e racistas em toda a Europa, criam novas possibilidades mas
também responsabilidades para os comunistas e as forças
progressistas.
Torna-se pois urgente a existência de um movimento forte
capaz de exprimir politicamente também, numa via progressista,
esta nova situação, capaz de dar um novo impulso, uma
perspectiva de futuro.
Consideramos que a colaboração e a acção comum dos
Partidos Comunistas são mais do que nunca necessárias para o
desenvolvimento de uma mais ampla e eficaz luta das forças
anti-imperialistas, anti-monopolistas e progressistas.
O diálogo e a acção comum para uma identidade ideológica
do movimento comunista, para uma estratégia da luta
anti-imperialista e revolucionária, bem como os esforços para a
sua reconstrução na base dos princípios do marxismo-leninismo
e do internacionalismo proletário influenciarão positivamente
esta via. O PCG está pronto a contribuir neste campo com todas
as suas forças.
Com a certeza que os trabalhos do vosso Congresso
contribuirão para estreitar ainda mais as relações fraternas
de solidariedade entre os nossos dois Partidos, desejamo-vos todo
o êxito na realização das vossas resoluções.