Partido Comunista Português
Restabelecimento da ajuda financeira da UE à Autoridade Palestiniana - Pergunta oral ao Conselho de Pedro Guerreiro no PE
Terça, 27 Fevereiro 2007

Seguindo o inadmissível boicote à Autoridade Palestiniana decretado pelo governo de Israel e pela administração dos EUA, na sequência das eleições palestinianas, em Janeiro de 2006, a UE suspendeu igualmente a sua ajuda financeira. Tal boicote representa de facto uma "punição" para o povo palestiniano, pois contribui para a agudização da já grave situação humanitária com que se confronta o povo palestiniano e para o não funcionamento regular das instituições públicas palestinianas, designadamente da sua administração pública. Não deixa de ser incompreensível que, até ao momento, a UE coloque como condições para o restabelecimento de relações com a AP, incluindo o reinicio do apoio financeiro, o "compromisso com a não violência" - quando é Israel que ocupa militarmente territórios palestinianos e reprime a população palestiniana -, o "reconhecimento de Israel" - quando, de facto, é Israel que não reconhece o direito do povo palestiniano ao seu Estado soberano e independente - e o "respeito dos acordos e obrigações anteriores, incluindo o Roteiro" - quando é Israel que não cumpre as resoluções das Nações Unidas, os Acordos de Oslo e o próprio Roteiro, e, entre outros inaceitáveis exemplos, continua a construir o muro ilegal e a sua política de colonatos nos territórios palestinianos.

Assim pergunto ao Conselho: para quando o pleno restabelecimento de relações com a Autoridade Palestiniana e o reinicio do apoio financeiro?

Resposta