Partido Comunista Português
Projecto de orçamento geral da UE para o exercício de 2008 (Secções I, II, IV, V, VI, VII, VIII, IX) - Declaração de voto de Pedro Guerreiro no PE
Quinta, 25 Outubro 2007
Entre os muitos aspectos que podiam ser sublinhados quanto a este projecto de orçamento para 2008, sublinhamos dois:

- Primeiro, o quanto lamentamos a incoerência deste Parlamento que alude reconhecer e "preservar a diversidade linguística dos deputados do Parlamento Europeu" mas, ao mesmo tempo, se recusa a aceitar a inclusão de uma referência clara à obrigatoriedade de estarem disponíveis todas as línguas oficiais da UE durante as reuniões que realiza, tal como temos vindo a propor ao longo dos anos. Daí a incompreensível e inaceitável rejeição - em sede da Comissão de Orçamentos -, da nossa proposta que visava assegurar que, por exemplo, nas reuniões da Assembleia Parlamentar UE-ACP o português seja uma das línguas de trabalho, nomeadamente tendo em conta os parlamentares de diferentes países aí representados que têm o português como sua língua oficial.

- Segundo, a preocupante e crescente tendência para o reforço das dotações para dita "uma política de informação forte", no contexto do (re)"lançamento" do tratado, dito "reformador", e das próximas eleições para o PE em 2009. Bastará acompanhar o debate realizado na Comissão de "Assuntos Constitucionais" do PE em torno da revisão do regulamento para os "partidos políticos europeus" para se perceber do que realmente se trata.