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Extractos da intervenção de Carlos Carvalhas no Jantar em Aljezur
Segunda, 05 Fevereiro 2007
(...) 

Há uma outra mistificação que é de uma grande desonestidade intelectual e que é utilizada todos os dias pelos protagonistas do «Não». É a tentativa de fazer crer que o «Sim» no referendo, ou uma lei de despenalização ficariam responsáveis pelo que chamam de “atentado e crime à vida”, que ficaria responsável pelo que chamam a “eliminação do ser humano” 

Mas não é verdade que o aborto clandestino ou o desmancho, como se dizia antigamente, aí está na nossa sociedade desde os tempos mais remotos e que não vai ser inventado por nenhuma lei?

Não é verdade que uma lei de despenalização não obrigará ninguém a abortar!

O «Não» o que diz no fundo, é que se o aborto continuar a ser clandestino tudo bem, já não há “peso na consciência”, já não há questões de vida, já não há problemas éticos.

(...)

É do mais elementar bom senso perceber que será sempre um progresso a transferência para a esfera da legalidade, da segurança e da assistência médica. E quando se fala nos direitos da criança não se pode esquecer o direito a ser desejado no quadro de uma maternidade consciente e responsável.

Alguns dizem que deve haver penalização, mas as mulheres não devem ser presas, não se dando conta que tão grave como a prisão é a humilhação de qualquer mulher que recorre ao aborto clandestino estar sujeita a investigações, a ver devassada a sua vida privada  e a julgamentos tal como vimos no passado recente. Outros defendem que a pena de prisão deve ser substituída por serviço feito à comunidade. Sempre a culpabilização da mulher. É uma posição cínica. A mulher expiava a sua culpa com um serviço à comunidade. A culpabilização das mulheres que abortaram é inaceitável. É uma espécie de auto de fé medieval sem fogueirinha! (...)

 

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